Exclusivo! Azeites argentinos conquistam o paladar e o gosto dos turistas

Conheça as marcas mais apreciadas pelos hermanos e as dicas para escolher produtos de qualidade

Chef de Cozinha Octavio Ariel Chazarreta dá a dica dos melhores azeites da Argentina. Foto: arquivo pessoal/cortesia

Por Cris Loose, especial para o Não Viu?

Entre os produtos que atraem a atenção dos visitantes em Puerto Iguazú e em outras cidades argentinas, estão os diversos tipos de azeite de oliva. Eles são facilmente encontrados na Feirinha e, também, nos mercados espalhados pela cidade turística, vizinha a Foz do Iguaçu.

Conversando com moradores da fronteira é comum a marca “Cocinero” ser citada como a melhor e a mais usada na Argentina.  Produzido pela tradicional Molinos, que há mais de 120 anos atua no país, o azeite extravirgem “Cocinero” é exportado para vários países, assim como os outros produtos oferecidos pela indústria.

De acordo com a divisão Nacional de Alimentos da Argentina, atualmente mais de 80 as empresas extraem azeite de oliva no país. Algumas delas entregam as azeitonas e recebem uma parcela do azeite de oliva obtido. Entre empresas produtoras e fracionadoras, há mais de 90 marcas no país.

As mais vendidas nos mercados são: Lira, Cocinero, Mazzola, San Juan de los Olivos y Oleovita.

A produção Nacional de azeite de oliva despontou a partir do ano 2000, com a maior oferta de matéria prima colhida das novas plantações de azeitonas. Algumas dessas marcas não são muito conhecidas.

De acordo com o Chef de Cozinha Octavio Ariel Chazarreta, que atualmente trabalha em Iguazú e, também, em Ciudad del Este, a principal dica é optar sempre pelo azeite extravirgem. “Nós não precisamos sentir o cheiro da azeitona no azeite de oliva. Mas ele tem que ter um aroma intenso, bem característico do produto”, explicou.

Chazarreta também disse que existem marcas que até têm o aroma ao fundo, mas não têm as qualidades do azeite de oliva. “Daí a importância de optar sempre pelo azeite envasado na origem”, garantiu.

O Chef que já atuou em restaurantes, hotéis e eventos em vários pontos da Argentina e, também, do Paraguai, Uruguai e Brasil, também presta consultoria e é especializado em dietas para pacientes hospitalizados.

Os melhores – Para quem pretende investir em uma marca certificada, com respaldo e reconhecida internacionalmente, Chazarrete tem duas sugestões: o azeite de oliva Zuelo, fundado pela família Zuccardi em 1963, e o Laur, eleito o melhor azeite de oliva do mundo em 2020.

Laur – Fundada em 1889 a Laur foi pioneira na plantação de oliveiras na província de Mendoza e, também, na elaboração do azeite de oliva. Em 2010 passou a ser propriedade da família Millan e em 2019 ocupou o terceiro lugar no Ranking das 100 melhores olivícolas do mundo (EVOO WORLD RANKING) e a número 1 da Argentina.

Em 2021 foi escolhida como a olivícola número 1 do mundo e na nova edição do EVOO Word Ranking 2022, confirmou o posicionamento no Top 100 das melhores do mundo.

A produção hoje é coordenada pelo gerente geral e enólogo especializado na elaboração do azeite de oliva, Gabriel Guardia.

Saiba mais: https://laur.ar/pt/olivicola-laur/

Zuelo – A vocação para a viticultura nasceu de um sistema inovador de irrigação, criado pelo engenheiro Alberto Zuccardi e há três gerações a família trabalha na região de Mendoza, buscando criar, além de excelentes vinhos, uma categoria diferenciada de azeites na Argentina.

Saiba mais: https://zuelo.com.ar/

Cuidados – Que a Argentina oferece variedade e qualidade, não há dúvidas. Porém, na hora de fazer uma compra, seja do lado de lá ou do lado de cá da fronteira, é preciso ter atenção. O Ministério da Agricultura e Abastecimento do Brasil (Mapa), alerta que o azeite é o segundo produto alimentar mais fraudado do mundo. A fraude mais comum na fabricação de azeite de oliva é a mistura de óleo de soja com corantes e aromatizantes artificiais.

Também já foram encontrados aqui no Brasil, casos de azeite de oliva refinado vendido como azeite extravirgem.

Para evitar comprar um azeite fora dos critérios de conformidade da classificação de azeite de oliva, é preciso prestar atenção em algumas dicas:

Proibido – Além disso, a ANVISA proibiu em março de 2021, a fabricação, comercialização, distribuição, propaganda e uso de todos os lotes do azeite de oliva argentino da marca Valle Viejo, produzido por uma empresa desconhecida.

A medida foi motivada considerando a importação do produto, sem autorização dos órgãos competentes. Além disso, a comercialização e a distribuição do produto no Brasil estavam irregulares, com a rotulagem com informações incompletas e falsas sobre a identificação da origem.

Ainda segundo a Anvisa, todas as análises feitas no produto tiveram resultados insatisfatórios por descumprimento aos requisitos de composição e aos padrões de identidade e qualidade, não obedecendo as características mínimas de qualidade do azeite de oliva estabelecidas na legislação sanitária.

Na bagagem – Voltar para o país com algumas garrafas de azeite de oliva não é proibido, já que a legislação permite a entrada de produtos de origem vegetal industrialmente processados e sem risco de introdução de pragas. Embora não tenha uma limitação especificada para a quantidade de azeite de oliva, a Receita Federal alerta que, quando caracterizar destinação comercial, a mercadoria é retida na aduana brasileira.

Saiba mais aqui: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/vigilancia-agropecuaria/viajantes-e-bagagens

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