Na reunião com empresários, políticos e lideranças locais, realizada sábado (25), no Recanto Park Hotel, em Foz do Iguaçu, uma revelação, feita pelo deputado federal Evandro Roman, chamou a atenção do Não Viu?, a ponto de ser tão importante, que precisou ser confirmada, nesta terça-feira (29), para ser publicada.
Vamos ao relado do deputado ao Não Viu?.
Por força do Tratado de Itaipu, os investimentos da Diretoria de Coordenação, responsável pela atuação nos municípios de abrangência da hidrelétrica, têm de ser equivalentes para o Paraguai e o Brasil, conforme determina o Tratado de Itaipu.
Porém, até 2016, o lado paraguaio usava 57 milhões de dólares anualmente em infraestrutura nas cidades ao redor da usina, enquanto o lado brasileiro só usava 17 milhões de dólares para ser aplicado da área de abrangência da hidrelétrica, de acordo com Roman.
Segundo ele, os 40 milhões dólares anuais da diferença, em relação aos investimentos paraguaios, eram destinados a um fundo que, por sua vez, ficava sob a “determinação” da Presidência da República, em Brasília, ou do diretor-geral brasileiro da Itaipu, na época, Jorge Samek.
“Esse dinheiro era distribuído, de forma lícita e transparente, por todo o Brasil, conforme a necessidade do governo Federal da época”, explica Roman. Ainda segundo ele, como não faz parte do recurso da União, é um recurso livre para aplicação em todo o território brasileiro.
Em vista disso, ele afirma que trabalhou politicamente, junto com os deputados federais Sérgio Souza e Fernando Giacobo, para que esse recurso fosse aplicado no Oeste do Paraná, onde a hidrelétrica foi construída.
Roman conta que a decisão política de autorizar a aplicação desse recurso no Oeste do Paraná, em 2016, além da influência do diretor-geral brasileiro da época, Luiz Fernando Vianna, teve a participação do então secretário de Governo do ex-presidente Michel Temer, Antonio Imbassahy, que posteriormente foi substituído por Carlos Marun, atualmente conselheiro da Itaipu.
Vale ressaltar que, nos últimos quatro anos, segundo Roman, todos esses convênios, inclusive os de Foz do Iguaçu, assinados com os 52 municípios do Oeste do Paraná usam esse fundo de aproximadamente 60 milhões de dólares anuais.
“Se você somar os anos de 2016, 2017, 2018 e 2019, nós estamos falando em cerca de 240 milhões de dólares que foram aplicados na região”, destaca o deputado. A declaração de Roman pode ser comprovada pela quantidade de obras que estão sendo construídas na região, desde então.
Na verdade, a olhos vistos, pode se dizer que, nos últimos quatro anos, as novas diretorias da Binacional fizeram muito mais, em termos de infraestrutura, pelo Oeste do Paraná, do que foi feito nos doze anos em que o PT esteve à frente da usina.
Como pudemos ver, agora, daqui para a frente, vai depender da atuação dos políticos locais e regionais manter esses recursos na região.
Era isso!