Uma explicação científica e poética sobre o Rio Iguaçu e suas Cataratas

Foto do astronauta (cosmonauta) russo Sergey Ryazanskiy: visão do Rio e da pequena fenda que o espera. Quem disse que tamanho é documento?

O jornalista iguaçuense Jackson Lima, em sua página no Facebook, traz nesta quarta (14) uma bela explicação sobre a formação das Cataratas e a transformação que o Rio Iguaçu sofre até chegar a sua foz.

As legendas nas fotos também são dele.

O texto de Jackson Lima:

Imagine um rio que viaja mais de mil quilômetros para chegar a sua foz. Mas tem que se transformar. No seu caminho há uma fenda de uns 100 metros de largura, dois mil metros de cumprimento e mesmo assim aberta na direção contrária.

Como tanta água vai entrar nesta fenda? Não cabe tanta água nesta fenda. Só há uma saída: se alargar – e muito – e fazer uma curva longa e suave, e assim poder cair na fenda distribuindo água solidariamente nos dois lados dela.

Às vezes é preciso alargar a fenda, comer pelas bordas dela. Esta é a verdadeira maravilha das Cataratas do Iguaçu. A fusão do rio e a fenda. Fenda e rio. Em nenhum momento o rio deixa de ser o rio. Depois dessa fusão, ele continua tranquilo e reto em direção ao Mar.

 

Foto de Jackson Lima tirada da janela de um Bombardier da Pluna com destino a Montevidéu. Decolagem do Aeroporto de Foz (IGU) com curva para pegar a rota por cima das Cataratas (voo descontinuado) .
Foto tirada em 2017 pelo astronauta japonês Soichi Noguchi, da Estação Espacial Internacional (ISS). O rio se transforma, muda para caber na fenda e depois dela não retornará à sua largura anterior.
Sair da versão mobile