Se facilitar, o turista estrangeiro vem. Foi o que aconteceu quando o governo federal, finalmente, desistiu de aplicar a reciprocidade e adotou o visto eletrônico para os visitantes dos Estados Unidos e Canadá, por exemplo.
Nas Cataratas do Iguaçu, em 2018, o reflexo foi um aumento 9,3% no número de estrangeiros, número que subiu de 796 mil em 2017 para 870 mil, ou 46% do público recorde de 1.895.508 atingido no ano.
O aumento de canadenses foi de 21,8%.
Segundo dados de visitação ao Parque Nacional do Iguaçu, fornecidos pela Cataratas S/A e pelo ICMBio, foi registrado crescimento do número de visitantes chineses, dos países andinos, da Coreia do Sul, Espanha e Inglaterra.
“O visto eletrônico foi uma medida acertada, que veio na hora certa, e abriu as portas dos Estados Unidos e do Canadá, com grande potencial para nós. Agora, precisamos melhorar a conectividade aérea para consolidar esses dois importantes mercados”, afirma o secretário de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, Gilmar Piolla.
Com o visto
Austrália e o Japão, os outros dois países que tiveram visto eletrônico liberado pelo governo brasileiro, apresentaram crescimento baixo, de 1% e 6,5%, respectivamente.
Já os chineses reagiram com expressivos 22,7% de crescimento, após dois anos consecutivos de realização do Festival da Lua Cheia em Foz do Iguaçu e da missão conjunta de Embratur e Inprotur (Argentina) naquele país.
“Fizemos uma parceria muito produtiva com a Embaixada da China no Brasil, Ministério do Turismo e as entidades que compõem a Gestão Integrada do Turismo, como Itaipu, Fundo Iguaçu e Visit Iguassu. Além disso, participamos da maior feira de negócios e visitamos as maiores agências de viagens da China. Tudo isso resultou nesse aumento da visitação dos chineses”, conta o secretario.
Países andinos
A boa surpresa veio dos países andinos. Com voos diretos cinco vezes por semana para Foz do Iguaçu, o número de turistas provenientes do Peru cresceu 19,1%. Colômbia apresentou crescimento de 19,9%, Equador 24,4% e Bolívia 16,7%.
Até mesmo a Venezuela registrou aumento de 45%. A única surpresa negativa foi a queda de 17,5% dos turistas uruguaios.
“Pela proximidade, os países andinos estão descobrindo Foz do Iguaçu. E com a possibilidade de novos voos diretos, temos condições de expandir ainda mais”, finaliza o secretário.