Falta combinar com os paraguaios, mas o Brasil quer reduzir em cerca de 40% a tarifa da Itaipu

O entendimento é que a tarifa de 2023 deva refletir a queda nos custos de pagamento da dívida contraída para a construção da usina

Hidrelétrica de Itaipu. Foto: Rubens Fraulini/Itaipu Binacional

A margem brasileira da Itaipu Binacional informou à Energia Nuclear e Binacional S.A. (ENBPar), em caráter provisório, nesta segunda-feira (19), a composição de seus custos para 2023, considerando que até o momento não há uma aprovação binacional da tarifa da usina para o próximo ano.

Com os dados informados, o valor do Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade (CUSE) da Itaipu proposto à ENBPar para 2023 é de US$ 12,67/kW. O novo valor, ainda em caráter provisório, implica em uma redução de 38,9% da tarifa atual.

No início da gestão, em 2019, o valor nominal da tarifa era de US$ 22,60/kW, estabelecido desde 2009. Em 2022, houve uma redução para o custo atual, de US$ 20,75/kW. A nova queda, para US$ 12,67/kW, representa uma redução de 43,94% em relação ao valor praticado no início da atual gestão do governo federal brasileiro.

O entendimento é que a tarifa de 2023 deva refletir a queda nos custos de pagamento da dívida contraída para a construção da usina.

Traduzindo: o próximo governo do Brasil vai ter de “descascar esse abacaxi” com os paraguaios, que têm 50% da hidrelétrica, para que haja uma redução de quase 50% da tarifa.

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