Foz do Iguaçu de fora, Guaíra na rota do projeto de um novo ramal ferroviário que vai ligar a região de Dourados, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá.
Por que Foz ficou de fora? Porque um dia um certo governador – vamos dar o nome, Roberto Requião – impediu o Paraguai de exportar por Paranaguá soja transgênica. Como quase toda a soja paraguaia era assim, foi um sufoco para os exportadores e produtores do país vizinho, que precisaram utilizar rotas alternativas.
Assim se fortaleceu o transporte hidroviário do Paraguai, por onde é transportada principalmente a soja, rumo aos portos na Argentina e Uruguai. E Paranaguá perdeu carga paraguaia, transgênica ou não.
Se não precisa mais exportar grandes volumes por Paranaguá, realmente o ramal ferroviário por Foz já não seria necessário. Azar de Foz. Parabéns ao Requião!
Enfim, se o projeto do ramal ferroviário se concretizar, haverá uma ligação entre o município sul-mato-grossense de Dourados a Cascavel, onde já existe a ferrovia que liga ao Porto de Paranaguá.
Com o novo trecho, a ferrovia terá extensão de 1.000 quilômetros. Mas, para fazer o novo ramal, o investimento é alto – R$ 10 bilhões.
O governo do Estado precisa conseguir recursos. Para isso, lançará um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) que é um edital público de chamamento de empresas . Trata-se de um edital público de chamamento de empresas interessadas na elaboração de estudos técnico-operacionais, econômico-financeiros e ambientais para a construção e exploração de serviços ferroviários.
O diretor-presidente da Ferroeste, João Vicente Bresolin Araujo, diz que o projeto para extensão da ferrovia tem mais de quatro décadas. E lembra que “o trem é a melhor alternativa para reduzir custos e tornar o produto brasileiro mais competitivo no mercado internacional”.