Filme paraguaio representa até o Brasil no Festival de Berlim

Cena de “Las Herederas”.

O Paraguai representa a América do Sul no Festival Internacional de Cinema de Berlim.

É isto mesmo. Na edição deste ano, o filme paraguaio “Las Herederas” é o único da região na disputa pelo Urso de Ouro.

O Brasil aparece apenas como co-produtor do filme (junto com Uruguai, França, Noruega e Alemanha).

O filme é de Marcelo Martinessi, que em 2016 conquistou o Leão de Ouro em Veneza com o curta documental ‘The Lost Voice”, em 2016.

Ao Globo, o cineasta paraguaio declarou: “O Paraguai é quase invisível, em termos de cinema. Não temos leis de incentivo lá. Outros países do continente também atravessam momentos difíceis, como o México e o Brasil, mas pelos menos seus cineastas estão contando histórias fantásticas sobre sua sociedade. Em um certo sentido, nosso filme reflete a obscuridade em que o Paraguai vive. Ninguém sabe o que acontece por lá”.

“Las Herederas” é uma história feminina e feminista, que traz a história de duas sexagenárias, Chela (a estreante Ana Brun) e Chiquita (atriz com larga experiência no teatro), que vivem dificuldades financeiras.

Chiquita vai presa por causa de uma dívida e Chela, sozinha num casarão antigo de Assunção, acaba fazendo do Mercedes Benz herdado do pai uma forma de ganhar dinheiro transportando amigas.

“Comecei a pensar nessa casa como uma pequena prisão para essa mulher, que luta por mais liberdade. Queria contar uma história dentro de um espaço fechado, que refletisse um pouco a situação em que a sociedade paraguaia está atravessando. É uma metáfora para o país”, disse Martinessi ao Globo.

Veja o trailer:

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