A primavera termina exatamente às 22h22 desta sexta-feira, 21. E começa o verão, claro.
Na despedida, pra variar, a primavera promete chuvas intensas nos estados do Sul.
O Instituto Nacional de Meteorologia expediu “alerta amarelo” para as chuvas, mas com baixo risco de queda de energia elétrica, queda de árvores e de alagamentos. Quer dizer, coisa suave pra quem já pegou temporais da pesada por aqui.
E como fica o verão? A partir desta estação, estaremos sob efeito do fenômeno El Niño, provocado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, que interfere no clima de praticamente todo o planeta.
Tem um cenário quase normal, de aumento da temperatura, dias mais longos que as noites, além de mudanças rápidas nas condições de tempo, como chuva forte, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada a forte e descargas elétricas.
Não muito diferente do que foi a primavera dos últimos dois meses, por aqui.
Mais quente da história
Mas há um cenário catastrófico, segundo analistas da agência de notícias Bloomberg: será o verão mais quente da história, que destruirá plantações de grãos na Austrália e, no Brasil, a seca acabará com a maior parte das safras de soja e milho.
No entanto, os mesmos analistas dizem que, no Brasil, o fenômeno não será igual a 2010, quando ocorreu a destruição de quase toda a safra de milho e soja no Brasil.
O que mais assusta, pra quem mora em Foz, é a possibilidade de um verão mais quente que o normal. Os últimos dias já deram uma ideia do que é de fato calorão infernal. Se vier ainda pior, haja água, cerveja e sombra…
Previsão do Inmet
Vamos a uma matéria completa da Agência Brasil sobre o verão, que não traz nada de catastrófico:
O verão no Hemisfério Sul começa oficialmente às 20h22 de hoje (21) e vai até 20 de março de 2019. O período, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), se caracteriza pela elevação da temperatura e dias mais longos que as noites, além de mudanças rápidas nas condições de tempo, como chuva forte, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada a forte e descargas elétricas.
Sul
Com a configuração do fenômeno El Niño durante o verão, o modelo estatístico do Inmet prevê chuva ligeiramente acima do normal no sul, centro e oeste do Rio Grande do Sul, leste de Santa Catarina e norte do Paraná.
Nas demais áreas, a chuva deve variar dentro da faixa normal ou ligeiramente abaixo. A temperatura fica um pouco acima da média em praticamente toda a região; a exceção é apenas o sul do Rio Grande do Sul, onde pode ficar dentro da normalidade.
Nessa estação, segundo o Inmet, a chuva é frequente em praticamente todo o país, com exceção do extremo sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Roraima e leste do Nordeste. Os maiores volumes de precipitação são esperados para o sudeste do Amazonas e o norte de Mato Grosso, entre os meses de dezembro e fevereiro.
“Devido às suas características climáticas, o verão é especialmente importante para atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia, por meio das hidrelétricas, e para a reposição hídrica e manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios”, informou o instituto.
Norte
Para o verão, os modelos climáticos indicam que a Região Norte deve apresentar forte variabilidade espacial na distribuição de chuva. Ela deve ficar acima da média no Tocantins, grande parte do Amapá e de Roraima, além do oeste e sul do Pará e sul do Acre e Rondônia. No Amazonas, a chuva fica ligeiramente abaixo do normal, com exceção apenas do leste do estado.
“É importante destacar que, com o fenômeno El Niño confirmado no verão, sua atuação ficará mais concentrada na parte norte, com tendência de redução da chuva e elevação da temperatura em relação à média”, destacou o Inmet.
Nordeste
A previsão do modelo estatístico do Inmet para o verão na Região Nordeste indica predomínio de áreas com maior probabilidade de chuva acima da média na Bahia, do litoral de Alagoas até o Rio Grande do Norte e no sul do Piauí e do Maranhão. Nas demais áreas, a chuva deve ficar próxima à média ou ligeiramente abaixo durante a estação. A temperatura estará mais elevada no Maranhão, centro e sul do Piauí, sul do Ceará e no oeste de Pernambuco.
Centro-Oeste
A previsão para o verão no Centro-Oeste indica alta probabilidade de a chuva ocorrer de normal a ligeiramente acima do normal em grande parte da região, exceto no sul de Mato Grosso do Sul, onde ela será mais próxima à média, ou ligeiramente abaixo. A temperatura prevista deve ficar acima da média, especialmente em Mato Grosso do Sul, no norte de Mato Grosso e sul de Goiás.
Sudeste
A previsão nos próximos três meses para a Região Sudeste é de chuva variando de normal a ligeiramente acima do normal em grande parte de Minas Gerais, no centro-norte do Espírito Santo e no centro de São Paulo. No Rio de Janeiro, a chuva deve ficar ligeiramente abaixo do normal.
“Porém, vale destacar que a ocorrência de tempestade (chuva e ventos fortes que podem ser acompanhadas de granizo) é normal durante o verão na Região Sudeste e não está descartada”, alertou o instituto.