Fiscalização: paraguaios reclamam, mas reconhecem que Brasil precisa controlar entrada de armas e drogas

Foto: Vanguardia

Até os comerciantes paraguaios reconhecem: as operações no Brasil para controlar a entrada de armas e drogas que vêm do país vizinho afastam muitos turistas, mas são (infelizmente) necessárias.

É o que está acontecendo agora, quando o movimento de brasileiros que entram em Ciudad del Este pela Ponte da Amizade caiu quase à metade, depois que começou a Operação Fronteira Sul, na quarta-feira, 27.

O aumento da fiscalização ocorre nas fronteiras de todo o Sul do Brasil, que foram reforçadas com a presença de mais de 1.200 homens do Exército.

O presidente da Câmara de Comércio e Serviços de Ciudad del Este, Mohamad Said Mannah, disse ao jornal Vanguardia que, quando há um controle militar, o tráfego é prejudicado e formam-se filas na Ponte da Amizade. Com isso, há prejuízos para o comércio.

“Mas entendemos que isso é importante para combater esses problemas”, disse, ainda, referindo-se ao tráfico de drogas e de armas.

É importante lembrar, também, que o aumento da fiscalização não representa um risco para os turistas que pretendem comprar produtos legais e dentro da cota permitida (US$ 300).

Apesar do aumento da fiscalização no lado brasileiro, os comerciantes de Ciudad del Este confiam que a promoção “Buen anfitrión” deve trazer bons resultados. A campanha oferece promoções e descontos nas lojas participantes.

A campanha é nacional, e em Ciudad del Este incluiu também trabalhos de limpeza e iluminação na área próxima à Ponte da Amizade, além de apresentações culturais de música e dança. Em alguns horários, os turistas foram brindados com chipas e água mineral.

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