Foragido há oito meses, empresário brasileiro procurado pela Lava Jato é preso no Paraguai

Foto: ABC Color

O empresário brasileiro Bruno Farina, que desde abril deste ano era procurado pela Justiça brasileira por suposta participação no esquema de lavagem de dinheiro liderado pelo “doleiro dos doleiros” Dario Messer, foi detido nesta quarta-feira (26) pela Interpol do Paraguai.

Ele estava aqui pertinho, na casa de sua sogra, que mora no luxuoso condomínio Paraná Country Club, em Hernandarias, o preferido dos ricos honestos ou desonestos. Farina também tem casa lá.

A prisão, oito meses depois de ser declarado foragido da Justiça brasileira, ocorreu depois de um trabalho de vigilância na área. O comissário César Silguero, chefe da Interpol no Paraguai, disse que a polícia já sabia que o empresário tinha passado o Natal no condomínio.

Na manhã de quarta-feira, foram feitas buscas no Paraná Country Club. Ele não estava na casa dele, mas ali foram encontrados documentos de identidade paraguaia e brasileira, um porte de armas e outros.

A segunda busca foi na casa da sogra de Farina, mas ele também não estava lá. À noite, contudo, os agentes da Interpol rodearam novamente a moradia e o empresário finalmente se rendeu, antes que os agentes entrassem.

No momento de sua prisão, Farina negou qualquer vínculo com Dario Messer e assegurou que nunca sequer o viu.

Ele foi levado por avião a Assunção, na madrugada desta quinta-feira. Ele deverá ser expulso para o Brasil ainda hoje, segundo o comissário Walter Vázquez, depois de procedimentos legais.

30 anos

Bruno Farina é investigado no Brasil por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e fuga.

A Justiça brasileira pediu sua captura e extradição para ser processado na Operação Lava Jato, sob acusação de fraude bancária ou financeira, organização ou associação a grupo criminoso. A expectativa é de uma pena de até 30 anos de prisão.

Farina é considerado sócio comercial de Dario Messer, o “doleiro dos doleiros”, como foi chamado pelo Ministério Público do Brasil, por ser ele quem lavava dinheiro para outros doleiros envolvidos no esquema de corrupção de políticos e empresários denunciados na Lava Jato.

Fontes: Última Hora e ABC Color

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