Fotos de uma pesca científica: pesquisadores coletam amostras de toxinas de peixes peçonhentos no Lago de Itaipu

Objetivo do levantamento é reunir informações sobre os venenos e preparar equipes de saúde para atender a população em caso de acidentes

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Vejam nas fotos abaixo, da Divisão de Reservatórios da Itaipu, a coleta de amostras de toxinas dos peixes capturados na pesca científica, realizada em março. Fotos: Divulgação/IB

A extensa área de preservação ambiental mantida pela Itaipu Binacional abriga diversos tipos de animais, tanto na terra quanto na água – reflexo da riqueza da biodiversidade local. Mas a natureza também pode induzir acidentes. O bagre e a arraia, duas espécies que habitam o reservatório da Itaipu, são exemplos de peixes peçonhentos, cujas toxinas, presentes nos ferrões, podem trazer prejuízo à saúde humana.

Por meio do Programa Nacional de Controle de Acidentes por Animais Peçonhentos e Venenosos, a Divisão de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Divisão de Reservatório da Itaipu, estão investigando essas toxinas. A ideia é identificá-las e promover um melhor atendimento à população que venha a se expor aos peixes peçonhentos nativos no Rio Paraná e no reservatório de Itaipu e, consequentemente.

No mês de março, durante os trabalhos de pesca científica no Canal da Piracema, foram coletadas amostras biológicas. Em maio, com o apoio de pescadores, durante os trabalhos de monitoramento da pesca profissional, foram coletados novos exemplares. No total, em torno de 70 amostras já foram obtidas de mais de 15 espécies, com predominância de bagres e arraias.

Além da coleta dos ferrões dos peixes, onde se concentram as toxinas, são retiradas amostras de muco da pele dos animais, para investigação do potencial antimicrobiano desta substância, conhecida por seu papel crucial na proteção dos peixes contra infecções. As análises bioquímicas dos materiais coletados estão sendo conduzidas pela equipe do Instituto Butantan.

Vejam nas fotos abaixo, da Divisão de Reservatórios da Itaipu, a coleta de amostras de toxinas dos peixes capturados na pesca científica, realizada em março e maio.

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