Um estudo inédito, com participação de pesquisadores da Itaipu Binacional e da Universidade Federal do Paraná (UFPR), pretende auxiliar na construção de protocolos para o abate humanitário de peixes. Esse tipo de protocolo já existe na cadeia produtiva de aves, bovinos e suínos, mas ainda não na piscicultura.
Conforme o engenheiro agrônomo André Watanabe, da Divisão de Reservatório da Itaipu, o abate humanitário nessas cadeias produtivas utiliza eletrochoques para sedar os animais antes do abate propriamente dito. Com peixes, utiliza-se gelo, processo que é bem mais demorado e não elimina o sofrimento do animal.
“O uso da eletricidade permite processo de atordoamento mais rápido e econômico”, explica Watanabe. “E também resulta em uma carne de melhor qualidade. Porém, o emprego dessa técnica para os peixes requer mais estudos. Há uma grande variação na eficiência de atordoamento em função das características de cada espécie, como o tamanho, por exemplo. Para cada espécie poderá existir um procedimento específico”, acrescenta.
Para estabelecer esses protocolos, o Laboratório de Bem-estar Animal (Labea), da UFPR, firmou uma parceria técnica com a Itaipu, que consistiu no uso de equipamentos de pesca elétrica, importados pela Itaipu para a captura com fins de monitoramento e estudos desenvolvidos sobre espécies nativas do Rio Paraná.
Nas fotos abaixo, divulgadas nesta segunda, peixes recebem eletrochoque, antes de serem abatidos.