Foz do Iguaçu foi mais uma vez destaque no UOL. Na semana passada, foi com a Operação Pecúlio, classificada como uma “mini-Lava Jato”.
Agora, com a notícia de que o tristemente famoso traficante Fernandinho Beira-Mar era um dos “clientes” de uma rede de doleiros que atuava em Foz do Iguaçu, Curitiba e Paraguai.
Essa rede movimentou nada menos que R$ 8,5 bilhões nos últimos dez anos.
A fonte do UOL é o procurador da República João Vicente Beraldo Romão, responsável por denunciar 34 pessoas no âmbito da Operação Hammer-on, que investiga crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O procurador disse que, entre os que se beneficiaram com a rede de doleiros, estão os investigados nas operações Cavalo de Fogo, Aletria, Pecúlio e Scriptus (este é o esquema de Fernandinho Beira-Mar).
O procurador, em e-mail ao UOL, explicou que “o esquema se configura quando o operador realiza a compensação entre valores que recebe no Brasil e valores que possui no exterior, sem que haja a transgressão física de fronteiras e sem qualquer vinculação aparente entre as operações financeiras nacionais e internacionais. O objetivo final do valor movimentado era a remessa ilegal ao exterior”.
As outras duas operações citadas por Romão, Cavalo de Fogo e Aletria, investigam esquemas de tráfico de internacional de drogas.
A iguaçuense operação Pecúlio está, portanto, em boa companhia. O UOL lembra que esta operação “refere-se à apuração de crimes de corrupção no âmbito da Prefeitura de Foz do Iguaçu (PR)”.