*Por Carlos Kossar
Atualmente Foz do Iguaçu é uma cidade ENCURRALADA e ESTAGNADA pelo desenvolvimento socioeconômico dos vizinhos do Oeste (Medianeira, Toledo e Cascavel) e pelo que está ocorrendo no país vizinho, o Paraguai.
Isso se deve, principalmente, a um crescimento vertiginoso do agronegócio e à instalação de inúmeras indústrias, como também ao crescimento econômico do Paraguai e do comércio de Ciudad del Este, em seu entorno.
Este processo de estagnação, em relação aos outros municípios da região que têm resultados socioeconômicos bem superiores, vivido hoje por Foz é fruto de uma visão equivocado de nossas autoridades (públicas e empresariais), que passaram as últimas décadas reivindicando as chamadas OBRAS ESTRUTURANTES, esquecendo-se de que o desenvolvimento só ocorre com investimento no SETOR PRODUTIVO.
Esse sim, gera emprego, renda e contém o êxodo de pessoas em idade ativa (os geradores de riqueza).
Porém, as chamadas OBRAS ESTRUTURANTES vieram, mas nem mesmo contiveram tal êxodo.
Como não houve investimento no setor produtivo, ao contrário do que fizeram as outras cidades do Oeste, agora, Foz passa pela triste METAMORFOSE de ser um PONTO DE ENCONTRO (onde a parada é obrigatória) para se tornar um PONTO DE PASSAGEM (onde a parada não é obrigatória), resultado das chamadas OBRAS ESTRUTURANTES.
Esta é, infelizmente, a nossa triste realidade.
O professor Carlos Kossar, além de físico, matemático e especialista e estatística, é um profundo conhecedor da economia da região e dos problemas socioeconômicos de Foz do Iguaçu.