A Prefeitura decretou estado de atenção para epidemias de doenças transmitidas por vetores, zoonoses e acidentes causados por animais peçonhentos.
Os motivos
Raiva: 27 casos confirmados na população de morcegos
Dengue: 92 casos confirmados
Chikungunya: 18 confirmados
Zika: 1 confirmado
E mais: casos autóctones de leishmaniose visceral na população canina e também em pessoas do município
Fique alerta para os riscos e atento ao seu quintal.
Multas
O decreto de estado de atenção, que entrou em vigor no dia 2 de julho, permite a autuação de moradores que não mantiverem limpos seus quintais, terrenos e edificações.
Com base no Código de Posturas e no decreto, o morador terá o prazo de sete dias para providenciar a limpeza e a destinação correta dos resíduos.
Não ocorrendo a limpeza, será lavrado auto de infração, sem prejuízo de lançamento de eventual taxa de limpeza de terreno baldio, quando realizado pela Administração Pública.
A fiscalização ficará a cargo da Divisão de Fiscalização de Posturas e Publicidade (DVFPP) e Vigilância Sanitária.
O estado de alerta foi sugerido pelo Comitê Municipal de Prevenção e Controle da Dengue, tendo em vista o perigo à saúde pública causado pelo aumento da presença do mosquito Aedes aegypti (transmissor do vírus da dengue, zika e chikungunya), e devido à ocorrência de casos autóctones de leishmaniose visceral na população canina e humana no município, informa a Prefeitura.
O estado de alerta inclui o perigo de circulação da raiva na população de morcegos em Foz do Iguaçu (com 27 casos confirmados nos primeiros cinco meses deste ano).
Casos
No ano epidemiológico (agosto de 2017 a julho de 2018) foram notificados 2.025 e confirmados 134 casos de dengue na cidade. Desde o início deste ano até agora foram notificados 1.082 casos suspeitos, com 92 confirmações.
Este ano também foram notificados 18 casos de chikungunya e 10 casos de zika, sendo um deles confirmado.
Os altos índices de infestação foram detectados após o LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti) do mês de maio. O índice de infestação da fase adulta foi de 7,47%, classificação considerada de alto risco para epidemias, segundo o Ministério da Saúde.
Nem frio resolve
“Considerando que a ocorrência de surto ou epidemia dessas doenças superlota as unidades de saúde, pronto atendimento e Hospital Municipal, e que mesmo com o registro das baixas temperaturas observados nesta época do ano, o frio não é suficiente para matar o mosquito, o município entendeu a importância de se adotar medidas emergenciais”, explica o responsável pelo programa de vetores do CCZ, Jean Rios.
Pelo decreto, além de multas aos donos de imóveis que não mantiverem os locais limpos, fica também autorizado o ingresso forçado em imóveis públicos e particulares, no caso de situação de abandono ou de ausência de pessoa que possa permitir o acesso de agente público (agentes de endemias, acompanhados da Guarda Municipal ou da Defesa Civil), regularmente designado e identificado, quando se mostre essencial para a contenção das doenças.