Curiosamente, não se viu a notícia em nenhum meio de imprensa de Foz. A informação de que Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú assinaram um acordo bilateral de transporte, com normas para controle e permissões sobre serviços de agências de turismo, táxis e remises (carros que, no caso, transportam turistas), foi publicada no site El Independiente Iguazú, da cidade vizinha.
O acordo foi assinado pelo prefeito de Puerto Iguazú, Claudio Filippa, o chefe de Trânsito, Nicolás López, o presidente do Instituto de Turismo, Leopoldo Lucas, e o juiz Steve Sieza, pelo lado argentino; pelo Brasil, o secretário de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, Gilmar Piolla, e o superintendente do Foztrans, Fernando Maraninchi.
O prefeito Claudio Filippa destacou que, além dos aspectos formais do acordo, existem os laços de amizade que nem as udas cidades e os dois povos, o que também foi destacado por Gilmar Piolla.
O acordo firmou regras comuns ao serviço de transporte de pasageiros, para garantir formas de operar “claras, recíprocas e justas para os trabalhadores de ambas as margens”.
Para que os veículos possam circular livremente nas duas cidades, deverão possuir toda a documentação exigida em cada um dos países, mais a lista de passageiros carimbada pelo controle de fronteira no país onde se pretende realizar o serviço.
O novo acordo não permite que os táxis argentinos busquem passageiros no aeroporto de Foz e que os brasileiros vão ao aeroporto argentino. Nem mesmo podem ter acesso aos terminais de ônibus.
O acordo contempla a criação de um Comitê Disciplinar para a aplicação de penalidades, composto por um representante do órgão oficial de transporte de Foz, um da municipalidade de foz do Iguaçu e um representante do setor turístico de cada município.
Os representantes de motoristas gostaram do acordo, segundo o site El Independiente Iguazú, porque permitirá que os taxistas argentinos possam levar seus passageiros a hotéis de Foz, enquanto os taxistas brasileiros poderão fazer o mesmo em hotéis argentinos.