O dado positivo: Foz só perdeu pra Curitiba em saldo positivo de empregos, em maio. Foram 404 novos postos (na Capital, 954).
O dado negativo: Foz ainda precisa criar muitos empregos para atender a sua população economicamente ativa. Na proporção, ainda está perto da metade dos índices de empregos formais de Curitiba.
Aos dados, coletados pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf):
Em 2016 (últimos números), apenas 32,7% da população economicamente ativa de Foz do Iguaçu estava empregada com carteira assinada (empregos formais). Em Curitiba, naquele mesmo ano, o percentual era de 64,93%.
Traduzindo: a maior parte da população iguaçuense em idade de trabalhar está na informalidade. Não há empregos com carteira assinada em níveis que sequer se aproximem dos números da capital paranaense.
A prova: mais de duas mil pessoas entraram na fila, na madrugada do dia 19 de junho, em busca de uma oportunidade de trabalho na nova unidade que o Grupo Muffato constrói em Foz. Eram 250 vagas, para cargos simples, sem qualquer especialização.
O primeiro da fila era Irotides Luiz dos Santos, segundo informou o jornal Gazeta Diário. Ele chegou ao local às 21h40 do dia anterior e queria tentar uma vaga de auxiliar de almoxarifado ou outra função em que fosse aprovado.
Ele e outros 249 vão ajudar a aumentar o percentual da população economicamente ativa empregada formalmente. Mas ainda é muito pouco.
Nota acrescentada depois
Pra quem acha que a comparação com a capital paranaense não é pertinente, façamos então a comparação com Cascavel, dessa nossa região.
Em Cascavel, 54% da população economicamente ativa tem carteira assinada, segundo dados do Caged – “Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego”. Portanto, 20 pontos percentuais a mais que Foz do Iguaçu.