Foztrans não vai “caçar” motoristas do Uber em Foz do Iguaçu

Fernando Maraninchi. Foto: PMFI

“Não existe nenhuma ‘caça’ ao Uber na cidade. Não existe nenhuma intenção de se fazer isso”, é o que disse hoje (21) o diretor-superintendente do Foztrans, Fernando Maraninchi, em entrevista ao programa Contraponto, da Rádio Cultura.

Porém ele ponderou o seguinte: “Claro que, provavelmente, nós vamos receber denúncias dos taxistas, de donos de vans escolares, do transporte coletivo para identificar esses veículos. Se a fiscalização parar um veículo numa blitz, e nesse veículo for constatado que está transportando passageiro de forma remunerada e irregular, o veículo vai ser apreendido o veículo e multado”.

Para lembrar o leitor, o Uber deve começar a operar em Foz do Iguaçu a partir de sexta-feira, em meio à grande expectativa da população. Segundo uma enquete feita pelo repórter do programa, Eli Silva, na Avenida Brasil, no centro da cidade, das dez pessoas que entrevistou, todas são favoráveis à vinda do aplicativo para Foz.

Sem contar a unanimidade dos comentários dos ouvintes em favor do Uber, que se manifestaram no programa.

Por sua vez, no mesmo programa, o presidente do Sindicato dos Taxistas de Foz do Iguaçu, Jair da Silva Tavares, ao defender a categoria, antecipou uma possível revisão, para menos, dos preços cobrados pelo serviço de táxi no município.

Na verdade, uma Lei municipal pode resolver o problema. Mas os vereadores se renderam ao lobby dos taxistas, ou melhor, dos donos das placas de táxi. Para quem não sabe, as placas de táxis são comercializadas e as mais baratas saem por mais de R$ 50 mil. Por isso, boa parte dos motoristas de táxi não são proprietários dos veículos e, sim, terceirizados.  Pode estar aí o problema.

Enfim, quer queiram ou não, o Uber veio para ficar. Mas, por outro lado, se os taxistas revisarem os valores cobrados, poderão ser uma “pedra no sapato” do aplicativo. No final, tudo indica, vai ter espaço para os dois serviços.

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