O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná cumpriu na manhã desta terça-feira, 15 de dezembro, cinco mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Saturno, que investiga possíveis crimes de corrupção ativa e passiva, fraude a licitação e tráfico de influência supostamente praticados por empresários, servidores públicos e vereadores de Ponta Grossa, nos Campos Gerais.
Investigações conduzidas pelo Núcleo de Ponta Grossa do Gaeco identificaram possíveis ilegalidades na contratação de empresa pela Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes do Município (AMTT) para a implantação e operação do Estar Digital (estacionamento rotativo) e para a compra de softwares pela Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar), entre os anos de 2016 e 2020. Também é objeto de apuração a possível prática de manipulação e corrupção de vereadores na Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Câmara Municipal para apurar os processos licitatórios que resultaram nas contratações.
Os alvos das prisões preventivas foram quatro empresários e um vereador (relator da Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Câmara sobre o assunto). A prisão temporária, por cinco dias, foi decretada contra o presidente da Autarquia Municipal de Trânsito de Ponta Grossa e contra um vereador, que atuava como presidente da CPI.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (gabinete do secretário-geral de Administração), na Câmara Municipal (gabinete de cinco vereadores que integram a CPI), na Autarquia Municipal de Trânsito, na sede de três empresas e em 16 residências (de empresários e servidores públicos). Dos 22 mandados, 18 são cumpridos em Ponta Grossa e quatro em Curitiba. Todos foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa.
Fonte: MPPR