O casal (hoje descasados) que participou do golpe milionário contra a Cajubi (Caja de Jubilados de la Itaipu Binacional, equivalente ao fundo de previdência Fibra, no lado brasileiro) será extraditado pela Grã-Bretanha, depois de um longo processo movido pelo Paraguai.
Será a primeira vez que o tratado de extradição, assinado pelos dois países em 1908, funcionará na prática.
A Corte Suprema britânica negou o último apelo de Marcelo Barone e sua ex-mulher Elisabel Vázquez para que permanecessem presos na Inglaterra.
Eles alegaram as péssimas condições das prisões no Paraguai, mas o comissário da Justiça do Reino Unido, Rodney Morgan, depois de vistoriar as penitenciárias de Tacumbú e Buen Pastor, emitiu parecer favorável.
Ele reconheceu as deficiências, mas disse à Corte que existe um compromisso do governo paraguaio de melhorar as condições.
A Justiça paraguaia já foi notificada da decisão britânica, e agora tem prazo de três semanas para executar a extradição.
O ex-casal virá enfrentar em Assunção juízo oral e público pelo desfalque de nada menos que US$ 176 milhões da Cajubi. Além disso, terá que devolver sua parte na quantia roubada.
A Justiça britânica já congelou US$ 30 millhões em ativos e bens de Barone e sua ex-mulher, embora a parte deles no golpe tenha sido de US$ 40 milhões.
Os dois outros envolvidos no “Caso Cajubi”, como aparece na imprensa paraguaia, são Víctor Bogado Núñez e Mariano Escurra, que cumprem pena de 14 anos de prisão.
Fonte: ABC Color