Há 20 meses, você está pagando mais do que deveria pela energia da Itaipu, diz jornal

O jornal revela que, com a quitação da dívida da usina, em 2023, a tarifa para os brasileiros deveria ter sido reduzida entre 28% e 40%

Nicão, o barrageiro, novo mascote da Itaipu, recepciona os turistas. Foto: divulgação

Um matéria da jornalista Rafhaela Ribas, publicada na edição de quarta-feira (30) no jornal Gazeta do Povo, informa que o “brasileiro está há 20 meses pagando mais do que deveria pela energia da Itaipu”.

Em resumo, o jornal revela que, com a quitação da dívida da usina de US$ 63,5 bilhões, em 2023, a tarifa para os brasileiros deveria ter sido reduzida entre 28% e 40%.

Mas ocorreu o contrário, porque um acordo assinado sob grande pressão dos paraguaios com o Brasil, “o Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade (Cuse) de Itaipu subiu pouco mais de 15%, de US$ 16,71 para US$ 19,28 por quilowatt-mês (kW.mês)”.

Mas o correto, com a eliminação da dívida, seria ter baixado para algo entre US$ 10 e US$ 12 por kW.mês, segundo dados levantados pela Gazeta do Povo.

“Entenda como isso é bom?”
O valor reajustado vigora entre 2024 e 2026 e foi anunciado pelo governo brasileiro como uma vitória, pois o lado paraguaio pleiteava mais de US$ 20 por kW/mês.

Para evitar um reajuste ao consumidor, Itaipu vai repassar ao sistema brasileiro a soma de US$ 301 milhões, que serão subtraídos de seu plano de investimentos.

Com isso, segundo o Ministério de Minas e Energia, o peso da usina na conta de luz não subirá.

Mas também não cairá, ao menos por ora, lembra o jornal.

Resumo da ópera:

  1. Segundo cálculos da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, Itaipu é a hidrelétrica mais cara do país;
  2. Depois do acordo entre os dois países, as despesas de exploração de Itaipu aumentaram mais de 40%, de US$ 1,5 bilhão em 2023 para US$ 2,2 bilhões em 2024, conforme o Valor Econômico;
  3. Mais de 80% desse valor é bancado pelos brasileiros, mas o Brasil recebe apenas 50% do valor destinado a projetos socioambientais, pois o Paraguai não consome toda a energia a que tem direito e vende o excedente ao Brasil.

Com informações do jornal Gazeta do Povo

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