Hospital da Itaipu emite alerta sobre a chegada de epidemia de Chikungunya a Foz

Nesta semana, o hospital confirmou o primeiro caso de 2023 da doença em uma paciente de 46 anos

A confirmação de cerca de cinco mil casos do Vírus Chikungunya em Assunção, capital do Paraguai, segundo a imprensa local, acendeu o alerta de infectologistas e da equipe do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), em Foz do Iguaçu, no Paraná. A doença viral que é transmitida pela picada de fêmeas infectadas do Aedes aegypti, classificada como arbovirose, costuma ter um aumento considerado nesta época do ano, devido ao calor e chuva, combinação ideal para proliferação do mosquito.

Nesta semana, o Hospital Costa Cavalcanti confirmou o primeiro caso da Chikungunya em uma paciente de 46 anos que procurou atendimento na unidade, realizando imediata notificação para a vigilância epidemiológica do município.

O que chamou a atenção da equipe foi o fato de ela não relatar viagens recentes. “A paciente diz que não viajou, o que acende um alerta, pois ela foi infectada aqui, sinal que o vírus está circulando pela cidade”, pontuou a médica infectologista do Serviço de Controle de Infecção (SCI) do centro hospitalar, Dra Betânia Bernardo.

“No entanto, por sermos região de fronteira, estamos preocupados com esse aumento de casos no país vizinho e que pode contaminar muitos moradores de Foz”, afirmou a médica.

Sintomas
Os sintomas são semelhantes ao da Dengue e Zika, com febre, artralgia, dor muscular, manchas no corpo e conjuntivite em até 30% dos casos, geralmente mais fortes e duradouros em pacientes com Chikungunya. “Uma característica comum é essa artralgia, uma dor nas articulações, que aparece e dura alguns dias”, explicou Betânea.

Mas como se prevenir?
O assunto pode até parecer batido, mas continua sendo necessário. Não deixar água parada é a melhor forma de evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela disseminação de Dengue, Zika e Chikungunya. Por isso, fique atento ao seu quintal, converse com os familiares e vizinhos e evite a contaminação. Em caso de sintomas, o médico deve ser consultado.

Histórico
O caso de Chikungunya da paciente de 46 anos foi o primeiro confirmado no HMCC em 2023. No município, apenas em janeiro deste ano, 906 casos suspeitos de arboviroses foram notificados, sendo que 205 foram de pacientes atendidos no HMCC.

 

 

Sair da versão mobile