Polêmica no Paraguai. O padre Félix Gamarra, acusado de abusar de um menor de 13 anos, foi condenado a dois anos de prisão ou a pagar o equivalente a R$ 3.500 ao Hospital Regional de Encarnación.
Mas, ontem (22), o diretor do hospital, Juan Martínez, recusou a doação, considerando que é dinheiro “sujo”.
Martínez disse que falou com pessoas próximas, antes de tomar a decisão, e lembrou que o hospital já atendeu meninos vítimas exatamente de abuso sexual.
“Receber este dinheiro sujo não iria me deixar dormir tranquilo”, afirmou, dizendo que a condenação imposta pela Justiça foi insuficiente.
Segundo o jornal Última Hora, a promotoria pediu seis anos de prisão para o pároco da igreja San José Obrero, de Encarnación, pelo abuso de um menor. A princípio, foi condenado pelo tribunal a dois anos de prisão, mas a justiça aceitou o compromisso do padre de doar o dinheiro ao hospital.
O novo ministro da Saúde do Paraguai, Julio Mazzoleni, manifestou nas redes sociais seu apoio à decisão do diretor do hospital. “Apoiamos e celebramos esta decisão”, disse, no Twitter.