Identificados os brasileiros no vídeo de ameaça à procuradora do Paraguai. Reveja o vídeo

Um deles seria Anderson André Salinski, que já morou em Foz do Iguaçu.

A polícia paraguaia conseguiu identificar mais dois dos cinco brasileiros que aparecem no vídeo em que o Comando Vermelho faz ameaças de morte à procuradora geral, Sandra Quiñónez, informa o jornal Última Hora.

Os outros três, de acordo com as investigações, já haviam sido mortos num confronto com a polícia, em 26 de outubro, em Presidente Franco.

Os últimos identificados são Vitor de Souza Sacramento, vulgo Malvado, que seria líder da célula do Comando Vermelho, e Anderson André Salinski. Ambos estão foragidos.

Salinski, de acordo com a notícia do Última Hora, morava em Foz do Iguaçu, mas em abril deste ano alugou uma casa no bairro San Lorenzo, em Presidente Franco.

Quando negociou o aluguel, ele se disse comerciante e estava acompanhado de uma jovem grávida, segundo testemunhas.

Essa casa foi alvo de operação da polícia, por suspeitas de que abrigava integrantes do Comando Vermelho, que pretendiam resgatar o traficante Marcelo Piloto, preso em Assunção.

Carro-bomba

A operação policial se deu depois que um carro-bomba foi encontrado em Presidente Franco, em cujo interior havia explosivos e armas potentes, com os quais, supostamente, o Comando Vermelho pretendia fazer o resgate.

Pouco antes da chegada das autoridades, Vitor de Souza e Salinski fugiram do local. Houve troca de tiros, em que morreram três integrantes da quadrilha: Luís Miguel Ronszkoski Román, Carlos Cardozo e Allison da Rocha, todos brasileiros.

Os três mortos, segundo as autoridades paraguaias, também aparecem no vídeo ameaçando Sandra Quiñonez.

Falta ainda identificar outro integrante do Comando Vermelho – a pessoa que gravou o vídeo com as ameaças.

Quanto aos dois foragidos, a polícia sabe que ambos abordaram em Presidente Franco um carro de luxo, de cor azul, mas não se sabe se voltaram ao Brasil ou se encontram em Assunção.

Bastidores

Já o jornal ABC Color destaca que há uma “guerra” pelo comando da Polícia Nacional, depois que o traficante Marcelo Piloto disse em entrevista que pagava proteção ao atual diretor-geral de Investigação Criminal da Polícia Nacional, Abel Cañete, um dos que aspiram ser o comandante.

O ABC diz que seria Cañete o responsável por vazar a gravação, para demonstrar que, na verdade, já vinha investigando a facção de Piloto, e ao mesmo tempo retrucar o comandante Báez López, a quem aparentemente acusa de haver autorizado a entrevista coletiva do traficante brasileiro.

Do Uruguai, onde se encontra, o comandante Báez López disse ao ABC Color que não está aferrado ao cargo e que sua missão é preservar a instituição.

O vídeo

Reveja o vídeo com as ameaças:

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