Ilha Acaray, vulcânica e cheia de serpentes

Foto: Blog de Foz

Porque hoje é domingo, é dia de tratar de assuntos mais leves que a política, a economia e os dramas de fronteira. Hoje vamos falar da ilha Acaray, aquela do Rio Paraná, perto da Ponte da Amizade.

Pouca gente conhece alguma coisa sobre ela, a não ser que faz parte da paisagem vista do alto da ponte. Por acaso, encontramos um texto sobre ela, com muitas curiosidades.

A primeira delas é que a ilha Acaray é “uma veia vulcânica, uma fissura do planeta”. “É uma bolha que não explodiu e deu origem à ilha”, explica texto publicado no “Despertar Juvenil”, do Paraguai.

A ilha tem área de 12 hectares e possui vegetação nativa da mata atlântica.

o professor Francisco Amarilla, historiador, antropólogo e pesquisador da flora e fauna da região, que atualmente vive em Foz do Iguaçu, diz que “este pedaço de rocha e solo é de origem vulcânica. No entanto, não há perigo de erupção”.

Amarilla, que sempre é procurado por jornalistas para falar de aspectos históricos, é estudioso da origem desta rocha, que abriga enormes serpentes de diferentes espécies, além de outros animais em perigo de extinção.

Ele explica que, quando um estudo de campo foi feito para a construção da Ponte da Amizade, houve grandes vazamentos de água sob a rocha. Foi então encontrado um grande buraco, chamado de caverna do surubu. Um estudo científico, realizado por um grupo de europeus e sul-americanos, chegou à conclusão de que esta ilha é um vulcão adormecido, que mantém uma cratera por baixo.

“É uma veia vulcânica, que não constitui perigo para os habitantes da área”, disse ele, acrescentando que os habitantes da Tríplice Fronteira sabem pouco ou nada sobre essa ilha.

Segundo o professor, felizmente os governos do Brasil e do Paraguai não têm planos para exploração turística da ilha, e com isso “muitas espécies podem continuar a existir sem a interferência do homem”.

Os dois países já disputaram a posse da ilha, mas, para Amarilla, ela pertence ao Brasil, porque fica do lado esquerdo do leito do Rio Paraná.

Há seis anos, a Marinha do Brasil, proprietária da área, colocou a ilha à venda para fins turísticos, ao preço de US$ 1,5 milhão, mas aparentemente não houve interessados.

O nome da ilha é uma homenagem à tribo indígena Acarayense, que foi exterminada pelos espanhóis.

(Texto feito com base em matérias publicadas em vários locais, inclusive em redes sociais)

 

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