Na sexta-feira (23), o diretor-geral paraguaio de Itaipu Binacional, Manuel María Cáceres, informou que não há acordo entre o Paraguai e o Brasil para a venda da energia da usina hidrelétrica e que as negociações continuarão.
Nas negociações para a tarifa de 2023, o Brasil busca, mais uma vez, reduzir o valor da energia que compra do Paraguai em 38,9%, já que a dívida da hidrelétrica está praticamente paga e, portanto, não há mais despesas para quitá-la.
A proposta brasileira é de US$ 12,67/kW, mas o Paraguai quer manter a tarifa de comercialização em US$ 20,75 kW/mês, conforme foi definido em agosto deste ano.
Na ocasião, o Brasil quis reduzir a tarifa para US$ 18,95 kW/mês e o Paraguai em mantê-la em US$ 22,6 kW/mês. No final das contas, a tarifa foi estipulada em US$ 20,75 kW/mês, o que levou o Brasil a pagar a diferença assim que o acordo foi fechado.
Vale ressaltar que, de janeiro a novembro deste ano, o Brasil pagou 162 milhões de dólares pela energia da Itaipu que o Paraguai não usou.
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