O roubo aos doleiros ocorreu na última segunda-feira (5). O cofre interceptado pelos criminosos possui um total de 300 armários, dos quais 142 que estavam ocupados foram arrombados e esvaziados.
A imprensa do Paraguai compara o roubo ao roteiro de uma série documental da Netflix, sobre o assalto ao Banco Central. Em 2005, no Brasil, os ladrões cavaram um túnel até à caixa-forte de um banco e roubam 160 milhões de reais.
No caso do roubo em Ciudad del Este, ainda não há um valor exato do total roubado, devido à informalidade de parte das negociações. Mesmo assim, estima-se que tenham sido levados mais de 2 milhões de dólares. Alguns meios de Comunicação falam em 80 milhões.
O Ministério Público do Paraguai já emitiu um mandado de prisão contra o inquilino do imóvel onde foi encontrada a boca do túnel construído para que os ladrões chegassem até o cofre da Associação dos Trabalhadores de Câmbios – ATC, de Ciudad del Este. No local funcionava uma loja que, segundo a investigação, foi alugada há cerca de um ano por um casal brasileiro. No sábado (3), a loja abriu as portas pela última vez.
A quadrilha cavou um túnel com cerca de 150 metros, passando pela Rodovia Internacional e duas avenidas centrais, em um trabalho que deve ter demorado meses para ser concluído. O espaço foi equipado com protetores acústicos, iluminação e ventilação, incluindo inibidores de alarme e até inibidores de sinal de internet. A suspeita é que a terra acumulada pela escavação do túnel tenha sido retirada em sacos e transportada tal como se fazia com os sacos de roupa.
Segundo as investigações, brasileiros e paraguaios podem ter trabalhando em conjunto no roubo, inclusive com o apoio do PCC, o Primeiro Comando da Capital.
Essa teria sido a primeira vez que a Associação, formada por 148 cambistas autônomos que atuam na região da Ponte Internacional da Amizade registrou esse tipo de situação.
Com informações da Rádio Concierto, do Última Hora e do O Globo