Impressionado com repercussão da retirada dos grafites, Valente faz plano cultural pro muro

Sem o grafite de Leminski (que pena!), muro poderá ganhar nova expressão cultural.

O empresário Marcelo Valente, do grupo Loumar Turismo, que administra o Hotel Bella Italia, gostou da ideia de fazer um espaço de cultura na famosa esquina das avenidas República Argentina e Paraná.

Ele ficou impressionado com a repercussão (negativa) da pintura que foi feita em cima dos grafites do poeta Paulo Leminski. “A cidade até parece ter imaginado que aquele espaço era público”, disse.

Segundo Valente, o local será utilizado para expansão do grupo Loumar, mas, como ele percebeu o quanto é valorizado pelos moradores, uma parte do muro será utilizada para expressão cultural.

Em rápida conversa com o blog, ele até já pensou em contratar um bom grafiteiro para fazer um trabalho que lembre a cultura italiana, relacionando a esquina com o Hotel Bella Italia.

Marcelo Valente lembrou que, em 2013, foi procurado por Paulino Motter, que à época estava à frente do projeto para trazer a exposição Múltiplo Leminski ao Ecomuseu de Itaipu, para que os muros do hotel, naquela esquina, fossem utilizados para grafites poéticos.

O sogro dele, que é o proprietário do hotel, embora relutasse um pouco, concordou. “Era pra ser apenas por três meses, mas durou até agora”, disse.

Valente explicou que, como agora o grupo quer aproveitar o terreno, o muro foi pintado nas cores que lembram o hotel. Ninguém imaginou que haveria toda essa repercussão (e não só por causa do Não Viu?, mas porque as redes sociais não perdoam).

Foz perde Leminski nos muros, mas mostra que há uma interessante consciência cultural em formação por aqui, o que se torna um resultado bastante positivo dessa história toda.

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