Insensatez ou cretinice?
Não se trata de sentimento de ódio, mas, sim, de repudio a dois comportamentos mesquinhos e deploráveis, tão em voga no Brasil atual, a banalização e a dissimulação que, juntas, trazem a indiferença como consequência, desgraçadamente.
É impossível, a quem minimamente sensível, não se condoer com o que acontece no Estado do Rio Grande do Sul.
O momento é de concentrar esforços no sentido de se fortalecer qualquer tipo de auxilio a uma gente briosa e valente, e que necessita de solidariedade e atenção, pois é uma questão humanitária e não de barganha política.
Ninguém suporta mais tanta retórica barata, inconsequente, e sem nenhum sentido, sacrificando vidas, sonhos e não deixando sequer esperança.
Não há como não se emocionar com o drama de quem perde, por exemplo, um semelhante ou um bem material indispensável para sua sobrevivência, e que nada mais é que sua proteção e da família.
Como uma casa, por exemplo, e sendo, pior, alvo de chacota, como a charge de um “jornal” de circulação nacional em que aparece uma residência submersa onde só aparece seu telhado com um casal e duas crianças e em cuja legenda, sádica, se diz: “não chora, vai alagar ainda mais”.
Qual a razão, ou o sentido de uma manifestação como essa?
É uma crítica a maus gestores públicos com alguma conotação ideológica na forma de um revanchismo político? Lamentável e bárbaro.
É para rir, crápulas?
Ou para chorar, hipócritas?
Carlos Roberto de Oliveira é empresário do ramo de logística em Foz do Iguaçu