Empresários brasileiros que participam de evento promovido pelo Grupo Lide em Assunção disseram que os investimentos no Paraguai são “irreversíveis”.
“As empresas devem continuar a produzir de forma integrada no Paraguai e no Brasil”, disse o presidente da Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul, Sérgio Marcolino Longen, conforme reportagem do jornal Ultima Hora, de Assunção.
Segundo Longen, mesmo que a situação econômica do Brasil melhore, como está ocorendo, “a condição de produção hoje no Paraguai é muito mais competitiva do que aquela em que nós produzimos no Brasil para atender a demanda do País e a exportação”.
O Grupo Lide é uma entidade que reúne algumas das maiores lideranças empresariais brasileiras e internacionais que atuam no Brasil e, também, no Paraguai.
O presidente da Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos – Abrinq -, Synésio Batista da Costa, disse que “no Brasil não temos mais possibilidade de fazer nada, porque tudo está sindicalizado, com greves e toda classe de coisas”.
“A esquerda está nos matando, sufocando, é um inferno total todo o tempo, e estamos cansados de trabalhar assim”, desabafou.
Ele disse ainda que, no Paraguai, para que o nível de produção cresça, é fundamental manter e aumentar “a liberdade de trabalho”, que permite gerar empregos com inversões em novas fábricas.
O empresário Sérgio Longen disse também que os industriais brasileiros estão atentos às declarações do senador Eduardo Braga, que criou uma comissão para investigar a fuga de capitais para o Paraguai.
Ele disse que isso precisa ser melhor avaliado, já que a realidade mostra que os novos empresários precisam de indústrias competitivas, independentemente de onde produzam, “desde que seja feito com competitividade”.
Segundo Longen, ao invés de fechar as portas, “é muito melhor que uma indústria quebrada do Brasil venha produzir e gerar riqueza no Paraguai, que é um país irmão”.