Itaipu está asfixiando fungos encontrados em 1,3 mil livros contábeis

A iniciativa visa a preservação do acervo histórico da empresa e a segurança das informações contábeis

Após o processo de desinfecção, os livros serão encaminhados para digitalização e posterior guarda em caixas individuais, envoltos por bifólios de papel alcalino. Foto: divulgação/IP

O Arquivo Financeiro e Contábil da Itaipu Binacional iniciou um processo de desinfecção de livros contábeis contaminados por fungos e danificados pela umidade.

Com duração prevista de três meses, a partir de 17 de março, a iniciativa visa preservar a integridade dos documentos e viabilizar sua digitalização.

O serviço abrangerá aproximadamente 1.300 livros contábeis, classificados como de guarda permanente, sendo essenciais para a memória e a história da empresa.

A desinfecção foi contratada por meio de licitação realizada nos mercados brasileiro e paraguaio. Uma das empresas do consórcio binacional responsável pela digitalização do acervo do Arquivo Contábil, composto por aproximadamente 30 milhões de páginas, venceu o processo e está conduzindo os trabalhos.

As atividades estão sendo realizadas dentro das instalações da Itaipu.

A iniciativa reforça o compromisso da Diretoria Financeira com a preservação do acervo histórico da empresa e a segurança das informações contábeis, informa a empresa.

Método de desinfecção
O método escolhido foi a atmosfera anóxia, considerado o mais adequado e seguro para a preservação de documentos. Esse processo elimina pragas, insetos e fungos sem comprometer a integridade do acervo.

O tratamento por anóxia consiste na colocação dos livros em um invólucro de plástico resistente, onde se cria uma atmosfera livre de oxigênio. São utilizadas válvulas especiais para a remoção do ar e a injeção de gás nitrogênio.

É praticado um controle rigoroso dos níveis de oxigênio residual, da umidade relativa e da temperatura dentro das bolsas para garantir a eficácia do procedimento.

Esse método é amplamente utilizado para a preservação de acervos bibliográficos e museológicos, pois não deixa resíduos oxidantes ou agentes prejudiciais.

Diferente dos métodos tradicionais que utilizam gases tóxicos, como a fosfina, ou agentes químicos, como a amônia, que podem comprometer a segurança dos materiais e das pessoas envolvidas.

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