Itaipu investe R$ 2 milhões em nova técnica de criar peixes

A intensão é tornar a piscicultura mais sustentável no reservatório da hidrelétrica

Sistema de BFT na Itaipu: mais sustentabilidade na produção de peixes. Fotos: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional.

A Embrapa Meio Ambiente e a Itaipu Binacional assinaram um acordo para desenvolver um projeto de cooperação científica que irá validar protocolos de produção de juvenis de tilápia e pacu em sistema bioflocos (BFT – Biofloc Technology).

A Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped) também integra o acordo e vai participar no gerenciamento dos recursos.

O objetivo fundamental da Itaipu, principal financiadora das pesquisas, é agregar tecnologias sustentáveis à atividade aquícola na região para melhorar os índices de qualidade da água do sistema produtivo de peixes e garantir a produtividade em longo prazo.

O projeto terá duração de quatro anos e um aporte de mais de R$ 2 milhões, com atividades de campo prioritariamente desenvolvidas na área de abrangência do reservatório da Itaipu, no estado do Paraná, o maior produtor de peixes em cativeiro do Brasil.

Bioflocos: o que é e como funciona

No sistema de BFT, a água praticamente não precisa ser trocada.

O bioflocos nada mais é do que um recurso voltado para permitir que a água utilizada na piscicultura dure muito mais tempo do que o normal. Em criações tradicionais, a troca precisa ser feita diariamente, uma vez que essa água passa a ter resíduos consequentes das atividades das espécies.

O nome bioflocos é originado do fato de esse sistema ser aplicado por meio de partículas que ficam na água. Elas fazem o papel de captar as impurezas da água, como fezes, restos de comida e, até mesmo, partículas trazidas pelo vento, para convertê-las em nutrientes básicos para o consumo dos próprios peixes que são criados em tanques.

As partículas de bioflocos, atualmente, são fabricadas em uma escala comercial bem mais ampla.

Com informações da IB, Embrapa e Sansuy

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