Itaipu, nova marca histórica na terça, dia 21: 2,5 bilhões de MWh acumulados

Itaipu, num ângulo menos explorado. Foto: Alexandre marchetti

A usina de Itaipu chega a uma marca inédita (e grandiosa) na terça-feira, 21: 2,5 bilhões de megawatts-hora (MWh) de energia acumulada, em 33 anos e seis meses de operação.

Pra marcar o feito, haverá uma solenidade no hall do Edifício da Produção de Itaipu, com toda a diretoria da usina e convidados. Até o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, deve comparecer, além do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, e autoridades brasileiras e paraguaias.

Essa energia acumulada nos 33 anos e meio de operação seria suficiente pra atender o mundo inteiro por 40 dias; a Europa por 6 meses e 12 dias; a Alemanha por 4 anos e 5 meses; a França por 5 anos e 5 meses; os Estados Unidos por 7 meses; e a China por 5 meses e 20 dias.

Esses números mostram, também, quais são os países que mais consomem eletricidade, hoje. A China ultrapassou os Estados Unidos, que por sua vez consome, sozinho, quase o total de toda a Europa.

Falam os diretores

Luiz Fernando Leone Vianna, diretor-geral brasileiro:
“Esta marca (os 2,5 bilhões de MWh) revela a importância da usina não só como produtora de energia, mas também como propulsora do desenvolvimento regional, a partir de uma energia limpa e renovável. Esse recorde também mostra a competência do corpo técnico, do esforço e comprometimento de cada colaborador da usina, brasileiros e paraguaios, para essa conquista.”

James Spalding, diretor-geral paraguaio:
“Atingir os 2,5 bilhões de MWh nos dá ainda mais motivos para ficarmos orgulhosos da nossa capacidade de poder atender com qualidade os nossos mercados consumidores, do Brasil e do Paraguai, sócios da usina. Itaipu reafirma seu papel estratégico nos dois países com números que traduzem sustentabilidade, energia e responsabilidade social. Isso só é possível com a dedicação dos nossos empregados.”

De 1984 ao recorde histórico

A inauguração oficial da usina de Itaipu ocorreu em 5 de novembro de 1982, quando os presidentes do Paraguai e do Brasil acionaram o mecanismo que levantou as 14 comportas do vertedouro.

No dia 5 de maio de 1984, entrou em operação a primeira das 20 unidades previstas no projeto. Naquele ano, Itaipu gerou 276,5 mil MWh. As duas últimas máquinas foram inauguradas em 2006 e 2007, quando a usina passou a operar com capacidade máxima instalada: 14 mil MW.

Desde o primeiro giro, o movimento das turbinas não parou mais. Em 2016, Itaipu rompeu a marca inédita de 100 milhões de MWh e fechou o ano com o recorde mundial de 103 milhões de MWh, suficientes para abastecer 16% do consumo do Brasil e atender ainda 76% do consumo paraguaio.

Os novos desafios são do tamanho de Itaipu. Até 2020, a empresa pretende se consolidar como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.

Itaipu também dá uma importante contribuição para a participação de fontes renováveis na matriz energética de ambos os países: no Brasil, as renováveis representam mais de 66% da geração elétrica e, no Paraguai, equivale a praticamente 100%.

Sair da versão mobile