A Itaipu Binacional, da margem paraguaia, anunciou esta semana a soltura de 3 milhões de juvenis da espécie curimbatá (Prochilodus lineatus) com reais chances de sobreviver no reservatório da usina.
Ao contrário do que ocorre no estado do Paraná, onde os alevinos soltos viram comida de predadores e apenas 0,01% sobrevivem (confiram AQUI).
Marcelo López Sachelaridi, veterinário da Divisão de Reservatórios, explicou que o centro de alevinos da Reserva Natural Itabo, localizado no departamento de Alto Paraná, entre os distritos de Mbaracayú e Santa Fé del Paraná, possui três lagoas de 2.500 metros quadrados cada, com profundidade de 2 metros e volume total de aproximadamente 5 milhões de litros por lagoa.
Essas lagoas são abastecidas com alevinos provenientes do laboratório de reprodução da Estação Aquícola Binacional, localizada em Hernandarias. Após a sua transferência, os alevinos encontram as condições necessárias para o seu desenvolvimento, até atingirem a fase juvenil, quando estão aptos para serem soltos no Lago de Itaipu.
O objetivo de manter os juvenis em diferentes corpos d’água é garantir que os peixes tenham as habilidades necessárias para sobreviver em seu habitat, como encontrar alimento e se defender de predadores.
Vale destacar que os peixes produzidos na Estação de Aquicultura da empresa são espécies nativas do Rio Paraná, o que garante a preservação da ictiofauna do reservatório da usina. São 12 espécies nativas, entre as quais se destacam o dourado, o surubi e o salmão do Paraná, espécies em perigo de extinção.
Nas fotos abaixo, compare o tamanho dos peixes soltos pela Itaipu do Paraguai e os peixes soltos para repovoar os rios e lagos do Paraná.