Já está na Netflix “O Mecanismo”, a “minissérie da Lava-jato”

Selton Mello é destaque na produção, que troca até mesmo o nome da Polícia Federal para Polícia Federativa. Foto: Divulgação Netflix

Desde sexta-feira, 23, a Netflix apresenta a primeira temporada da minissérie “O Mecanismo”, a “minissérie da Lava-Jato”.

É lógico que a minissérie vai gerar polêmicas. Ainda mais que a ex-presidente Dilma Rousseff já veio a público pra criticar.

Tendo o cuidado de informar que é uma obra de ficção inspirada em fatos reais, “O Mecanismo” traz quase todos os personagens que ocupam o noticiário desde que começou a operação Lava-Jato, em março de 2014

Os personagens reais ganharam novos nomes. Dilma, por exemplo, é Janete. Sérgio Moro virou Paulo Rigo. E até a Petrobras virou Petrobrasil. Mas a história da série – ficção à parte, como personagens criados para dar emoção ao enredo – é aquilo que a gente conhece quase de cor e salteado.

A gente acompanha os primeiros passos da Polícia Federal de Curitiba nas investigações, até chegar ao ponto em que faltava pessoal para dar conta do trabalho e o Ministério Público entrou em cena.

E assim – na minissérie -, a prisão de um doleiro, Roberto Ibrahim (um Alberto Youssef provavelmente mais sarcástico que o real), desencadeia a série de investigações que vai apontar cada vez mais pra cima, nos poderes mais altos do país.

Você pode assistir como ficção e acompanhar o lance a lance de uma investigação que coloca mocinhos e bandidos em confronto – e, às vezes, mocinhos contra mocinhos, também.

Ou pode se divertir com as referências à “vida real”, num roteiro bem elaborado, com toques de emoção e de humor (principalmente quando as referências a personagens reais são mais explícitas).

A fotografia do filme é ótima, e mostra belas cenas não só da “República de Curitiba”, como de São Paulo, Rio e Brasília.

A produção é de José Padilha (“Tropa de Elite”) e Elena Soarez (“Xingu”) e traz no elenco Selton Mello, Enrique Diaz e Carol Abras.

E por que assistir? Ora, porque a história é boa (e triste), na ficção ou na vida real. E pra não perder as longas discussões que a minissérie vai provocar entre a galera, que, como sempre, ficará dividida entre os “contra” e os “a favor” de um lado ou de outro.

Sair da versão mobile