Jogada de mestre? Obras estratégicas darão “melhores condições para o Paraguai renegociar o Anexo C do Tratado de Itaipu”

O contratado de execução dessas obras foi assinado nesta quarta-feira (04)

O presidente da ANDE durante a assinatura do contrato. Foto: Agência IP

Nesta quarta-feira (04), a Administração Nacional de Eletricidade (ANDE) assinou o contrato de construção e interconexão da subestação Yguazú de 500 kV, que permitirá ao Paraguai disponibilizar a energia de usina de Itaipu que não usa e, por força do Anexo C do Tratado de Itaipu, é obrigado a vender para o Brasil.

O investimento total ultrapassa os 100 milhões de dólares e as obras seriam concluídas até o final de 2022.

O presidente da ANDE, Félix Sosa, disse que a entrada em operação dessas obras estratégicas, no final de 2022, dará ao Paraguai melhores condições para a renegociação do Anexo C do tratado de Itaipu, prevista para 2023.

O Consórcio Siemens- Rieder – Yguazu 500, adjudicado ao Bloco 1, ficará responsável pela construção da Subestação Yguazú em 500 kV, enquanto a empresa CIE SA, responsável pelo Bloco 2, construirá a Linha de Transmissão em 500 kV em duplo tripleto e adaptação das linhas de 220 kV existentes em seu traçado.

Vale ressaltar que, em dezembro de 2019, o Paraguai concluiu um linhão de 500 kV, que possibilitou ao país ter condições de disponibilizar 100% da energia a que tem direito na usina de Yacyretá, construída em parceria com a Argentina, no Rio Paraná, abaixo de Itaipu.

Traduzindo: com essa estratégia, o Paraguai, aos poucos, vai construindo linhões de transmissão, para vender a energia que possui a quem pagar mais.

A título de comparação, vale ressaltar, também, que, só até setembro deste ano, o Brasil pagou 181 milhões de dólares pela energia da Itaipu que o Paraguai não usou.

Com informações da Agência IP.

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