Jornalista de Foz do Iguaçu relata o encontro emocionado com colega argentina, no meio da Ponte Tancredo Neves

Vejam, também, o vídeo que mostra a alegria da jornalista ao chegar à ponte

Cris Loose, à esquerda, encontra a jornalista argentina no meio da Ponte Tancredo Neves. Foto: Cris Loose

Vale a pena ler o relato da jornalista Cris Loose, para se ter uma ideia dos estragos que essa pandemia causou na fronteira.

“Nunca quis publicar, aqui, algo ligado diretamente a mim. Afinal, este é um espaço profissional. Mas, como me falaram há algum tempo, já tenho meus “causos” aqui na fronteira e hoje, 17 de dezembro de 2020, passei por uma experiência bem diferente que faço questão de compartilhar. 

Com o objetivo de “dar uma força” para a amiga e também jornalista, a Kelly Ferreyra, do LaVozDeCataratas, fui atrás de uma documentação para ela.

Após tudo carimbado, assinado e “liberado pra poder voar”, era preciso entregar a papelada. 

O encontro – Com autorizações da Gendarmeria da Argentina e das autoridades do Brasil, nos encontramos hoje à tarde no meio da Ponte Tancredo Neves, a PTN. Antes da chegada dela, tive autorização para tirar algumas fotos, para matar um pouco a saudade que sinto desse lugar.

Me emocionei e chorei, mesmo! 

É que é tão comum pra nós (ou era), que moramos na triple, ir para a Argentina, comer umas empanadas, tomar unas “cervezas” e uns vinhos, que… me dei conta que há quase um ano isso não acontece.

Aí bateu uma saudade danada! 

Ao passar pela aduana vazia e ao ver somente os caminhões que cruzavam a fronteira, no chamado “horário de cruze”, me dei conta que parecia estar em um mundo paralelo. Muito diferente do que normalmente a gente encontra ao passar pela fronteira, principalmente nos fins de tarde. 

Sinto saudades de Puerto Iguazú, sim. E hoje, ao pisar no lado azul e branco da PTN, pensei… “Sim, estoy en Argentina, só que não”! Não tinha alegria, não tinha festa, nem “cerveza”, nem empanadas. 

A Kelly chegou acompanhada do pessoal da Gendarmeria, sem o celular dela. Começou a chorar e me agradeceu. Enquanto isso, meu parça fotografava tudo. 

Hoje me dei conta que… a gente está perto, mas não está. A gente está lá, mas não está. Me senti prisioneira de tudo. Uma sensação estranha. 

Kelly, obrigada pela oportunidade de pisar novamente “do lado de lá da fronteira”. Espero que logo isso tudo se resolva, com vacina, com conscientização e com respeito, e que a gente possa voltar a frequentar Puerto Iguazú e a viajar por Misiones e pela Argentina.

Por enquanto, até breve, Kelly! 

E, quando me perguntam se eu gosto dessa região, respondo: “SOU TRIPLE!” 

Vejam o vídeo AQUI.

Vejam mais fotos e a matéria completa clicando aqui.

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