Os jovens de Foz do Iguaçu parece que não estão preocupados com a dengue. Foz é um dos três municípios paranaenses com menor índice de vacinação – apenas 24% do público-alvo compareceu aos postos.
E o público-alvo, no caso de Foz, é a população com idade entre 15 e 27 anos, mais sujeita a contrair a doença, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde. Se for devidamente imunizada, garantirá que a dengue não se espalhe para pessoas de outras idades.
Neste sábado, 21, mais uma chance para os jovens de 30 municípios paranaenses onde a cobertura vacinal foi fraca. No Paraná todo foram imunizadas 111.211 pessoas, número que corresponde a 37% do total.
A meta é vacinar vacinar quase 300 mil pessoas que já tomaram a primeira ou a segunda dose. A campanha vai até o dia 27 de outubro e é voltada a pessoas de 9 a 44 anos em Paranaguá e Assaí e de 15 a 27 anos nos demais 28 outros municípios.
“Essa é mais uma estratégia adotada de maneira pioneira pelo Paraná para enfrentar a dengue. O que precisamos agora é da adesão da população para que a gente não precise enfrentar mais uma epidemia da doença e, principalmente, os óbitos que a ela pode ocasionar”, alerta a superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini.
Menos e mais
Os municípios de Paranaguá, Londrina e Maringá concentram a maior parte do público-alvo da campanha. Em Paranaguá foram vacinadas 24 mil pessoas (38% do público-alvo), Londrina foram 19 mil pessoas (30%) e Maringá 24 mil pessoas (45%).
As melhores coberturas estão nas cidades de Cruzeiro do Sul, que vacinou 87% até o momento, e Santa Isabel do Ivaí, com 80%. Os menores índices são de Sarandi (20%), Mandaguari (23%) e Foz do Iguaçu (24%).
A superintendente Júlia Cordellini explica que quem tomou a primeira ou a segunda dose nas outras etapas da campanha está sendo lembrado sobre a necessidade de completar o esquema vacinal. “Adotamos diversas estratégias como mensagens de texto, ligações, e-mails para lembrar a população sobre a nova dose. Em alguns municípios como Paranaguá, equipes estão indo de casa em casa para vacinar”, diz.
Independentemente da vacinação, os cuidados básicos com a dengue não devem ser deixados de lado. A chefe da Divisão de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte, orienta que as pessoas eliminem focos de água parada, que podem servir como criadouros para o Aedes aegypti.
“A recomendação se mantém. As pessoas devem reservar um momento semanal para verificar suas casas e locais de trabalho e fazer a remoção de qualquer possível criadouro do mosquito”, fala Ivana. Desde de agosto deste ano até o dia 10 de outubro foram 71 casos de dengue em todo o Estado.