Três juízes de Encarnación, no Paraguai, foram suspensos de suas funções por darem uma sentença muito leve a um padre que abusou de um menor.
O “Jurado de Enjuiciamento de Magistrados”, órgão mais ou menos equivalente ao nosso Conselho Nacional de Justiça, acatou o pedido do defensor do Povo, Miguel Godoy, que pediu a suspensão dos juízes Saturnino Fabián Iglesias, Nelio Prieto Otazú e Blas Salvador Zorrila, do Tribunal de Sentença de Encarnación.
Os juízes declararam culpado o padre Félix Miranda Gamarra por abuso de um adolescente de 14 anos, mas impuseram uma pena de apenas dois anos de detenção.
Ainda por cima, decidiram que o padre não iria à prisão, desde que doasse 5 milhões de guaranis (cerca de R$ 3.500) ao Hospital Regional de Encarnación e cumprisse certas normas de conduta.
O caso gerou muita indignação entre os paraguaios, o que levou à intervenção feita pelo defensor do povo, que denunciou os magistrados ao Jurado.
A direção do Hospital Regional de Encarnación não aceitou a doação que o padre deveria fazer.