Pesquisadores da Junta de Investigação de Acidente da Aviação Civil da Argentina já estão no aeroporto de Puerto Iguazú para investigar as causas do acidente com o Boeing 737-800 da Flybondi.
No final da noite de domingo (15), a decolagem do Boeing foi interrompida, depois que a fuselagem traseira (a cauda) bateu na pista.
No avião, além de dois pilotos e quatro tripulantes, havia 65 passageiros.
Apesar do susto, o procedimento não ofereceu perigo, já que a aeronave iniciava a decolagem, ainda em baixa velocidade, quando houve o impacto.
Ruído e forte golpe
O portal Aviación en Argentina ouviu uma passageira deste voo, que contou como foi o susto. “No momento em que taxiava para a decolagem, o avião levantou o nariz e no mesmo instante escutou-se um ruído alto. A isso se seguiu um forte golpe (…). Nós nos assustamos, nos olhamos sem entender o que se passava, enquanto o avião baixou o nariz e diminuiu a velocidade até voltar à posição de partida e deter sua marcha”.
A passageira contou que estava na parte traseira do avião e o que chamou sua atenção é que na dianteira os assentos estavam vazios. “Estávamos todos lá atrás”, disse.
Esta foi uma das primeira suspeitas da causa do acidente: excesso de peso na traseira, somando-se os passageiros à carga.
Para os passageiros, depois do susto, muito desconforto. Eles tiveram que ficar ali mesmo no aeroporto, deitados no chão, enquanto eram descarregadas suas bagagens e avisavam que o voo tinha sido cancelado.
O acidente
Conhecida pelo termo em inglês “tail strike”, a situação em que a cauda faz contato com a pista pode ocorrer não só durante a decolagem, mas também durante o pouso, ao se levantar o “nariz” do avião para a manobra das rodas na pista.
É um dos acidentes mais frequentes na aviação internacional. Representa 50% de todos os casos, embora a taxa de acidentes fatais provocados pela “tail strike” seja baixa (menos de 18%).
Mas, sempre que ocorrem, esses acidentes provocam danos materiais no avião, às vezes graves, exigindo reparos rigorosos da aeronave para que ela recupere sua navegabilidade.
Fontes: La Nación, El Independiente e Aviación en Argentina