Justiça paraguaia não permite que traficante se case na cadeia

Foto: ABC Color

Os dois estão presos em Assunção: Marcelo Pinheiro, ou Piloto, na Agrupación Especializada; Marisa de Souza Penna, na prisão Buen Pastor. Mas queriam se casar neste sábado, 17.

A advogada Lilian Calonga, representante legal de Marisa, pediu ao Juizado Penal que sua cliente fosse levada à prisão onde está Piloto, para que ambos pudessem se casar.

O Juizado Penal negou. Não é que não acredite no amor dos dois.

O problema é que Marisa está presa justamente porque fazia parte do grupo de criminosos do Comando Vermelho que pretendia atacar a prisão para libertar Marcelo Piloto.

O grupo era formado por nada menos que 15 a 20 homens, que estavam com um veículo blindado equipado com fuzil antiaéreo calibre ponto 50. E mais sete fuzis, 15 pistolas, carregadores, projéteis, etc, etc.

Negativo

O pedido “é inadmissível”, disse o juiz responsável, ao analisar a solicitação feita pela advogada de Marisa, que realmente é noiva de Piloto.

O que foi levado em conta é o “mínimo perigo de fuga e obstrução à investigação fiscal”.

Quer ficar

Marcelo Piloto está fazendo diversas manobras para evitar sua extradição ao Brasil, onde já o tem esperando uma condenação de mais de 20 anos e investigações abertas por outros delitos.

No Paraguai, o único crime de que é acusado é produção de documentos falsos, por isso prefere ficar por ali mesmo.

Ele chegou até mesmo a pedir para ser investigado por outros crimes no Paraguai, como homicídios e tráfico de drogas e armas.

Fonte: ABC Color

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