Você sabe o que é Internet das Coisas? É, simplesmente, conectar à Internet qualquer equipamento com capacidade computacional e de comunicação (uma imensidão de coisas). Com a conexão à Internet, é possível controlar remotamente essas “coisas” e, ao mesmo tempo, utilizá-las como provedores de serviços.
Este é o conceito. Agora, vamos à prática: a Itaipu, o Parque Tecnológico Itaipu e três instituições de ensino superior (Unioeste, UTFPR e IFPR), decidiram criar um Laboratório de IoT (sigla de Internet of Things), para estar dentro daquela que já é considerada a “quarta revolução industrial”.
O laoratório, que vai funcionar no próprio PTI, já desenvolve um projeto de integração do parque, com a plataforma “Smart PTI”, que utiliza sensores nos mais diversos equipamentos. Quando instalados em aparelhos de ar condicionado, por exemplo, permitem definir o período para a realização de manutenções preventivas.
Smart PTI, como já indica o nome, nada mais é do que aproveitar o conceito de smart city, que são as cidades intensamente conectadas. No PTI, “isso começa em uma escala pequena, com a instalação do Smart PTI em áreas funcionais e objetos de uso cotidiano, como portas, lixeiras, sensores de monitoramento para estacionamento de veículos, etc, para em seguida expandi-lo a nível regional”, diz o engenheiro eletricista do PTI Rolf Massao Satake Gugisch.
Para conectar tudo à Internet, hoje em dia, não é difícil, lembra o engenheiro. Até cinco anos atrás, nem se imaginava que teríamos hoje televisões conectadas à Internet. Agora, diz, há portas, maçanetas, carros e muitos outros objetos conectados a toda hora.
Como os componentes eletrônicos estão mais baratos, é possível instalar sensores em portas, lixeiras ou no estacionamento de veículos, exemplifica Gugisch. Uma antena capta os sinais desses sensores, permitindo que haja o acompanhamento de vastas áreas do PTI.
O projeto estará concluído em 2018. A ideia é expandir depois todo o conhecimento acumulado para fora das fronteiras de Itaipu. O engenheiro eletricista do PTI até aventa uma hipótese otimista: “Quem sabe Foz do Iguaçu não será uma das primeiras cidades do Paraná a adotar os conceitos das smart cities?”