“Lei de gênero” nas escolas: dos 15 vereadores, só um era contra. E estava correto

Foto: CMFI

Foz do Iguaçu tem 15 vereadores; 14 deles eram a favor da “Lei de Ideologia de Gênero”, na verdade um dispositivo incluído pela atual legislatura na Lei Orgânica do Município, agora suspenso pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal.

Só o vereador Márcio Rosa manifestou-se contra a votação do artigo incluído na Lei Orgânica: Márcio Rosa. O Não Viu? noticiou, no dia 10 de abril, seu argumento de que o projeto que a Câmara iria debater não tinha valor legal nem constitucional.

Foi voto vencido. Era o único certo. No dia 3 de maio, sob protestos, a matéria foi aprovada por 13 votos (Márcio Rosa não votou contra porque estava fora em agenda de trabalho e Rosane Bonho, que era a favor, esteve ausente à sessão de votação por problemas de saúde).

Antes da votação, com a dúvida levantada por Márcio Rosa, o Não Viu? perguntou: “A questão não deveria ser esclarecida pela Assessoria Jurídica da Câmara”, antes de ir a plenário?

Deve ter sido. Mas o que se sabe é que perdeu-se tempo, discutiu-se à toa, houve uma divisão entre os que apoiavam a decisão dos vereadores e os que eram contra. Tudo conversa jogada ao vento, porque eles nem deveriam ter discutido e muito menos aprovado isso.

Entre tantos problemas que a cidade tem – do transporte coletivo caro e ruim aos buracos nas ruas, da saúde ainda enferma à falta de empregos decentes, da falta de obras de infraestrutura à periferia onde há quem passe fome e necessidades básicas, da falta de esgoto à de moradia… a lista é infindável.

No entanto, os vereadores preferiram a polêmica, aliás trazida à tona pelo então vereador Dr. Brito, aquele paladino da moral e dos bons costumes que acabou preso por corrupção.

Será que ficou alguma lição para essa turma de edis? Tomara.

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