Vilões da inflação em Foz, em abril: leite, com aumento de 8,9%; carnes (a costela bovina subiu 12%); e tubérculos (a cebola foi a megavilã do mês, com alta de 26,67%). Boicote nela!
Esses itens e subitens da cesta básica foram responsáveis pelo aumento de 0,74% no Índice de Preços ao Consumidor em Foz do Iguaçu (IPC-Foz), em abril, em comparação ao mês anterior. Os dados foram divulgados pelo Centro de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Cepecon) da Unila.
O leite e derivados e as carnes são os itens que mais pesam no orçamento familiar, segundo o coordenador do Cepecon, professor Henrique Kawamura.
Enquanto o leite UHT aumentou 8,9%, o preço do iogurte e outras bebidas lácteas ficou 6,5% mais elevado no mês.
Já no caso das carnes, foram justamente aquelas com maior participação nas despesas das famílias as que mais aumentaram: a costela bovina teve elevação de 12% nos preços, seguida pela paleta bovina (7,02%) e a carne de porco (5,18%).
Outros tipos de carne apresentaram queda nos preços, como contrafilé (-2,8%), patinho (-4,1%) e músculo (-2,3%), mas não foram suficientes para diminuir o índice das carnes.
A alta foi puxada, também, por itens como tubérculos, raízes e legumes (9,9%), hortaliças e verduras (6,05%) e leite e derivados (12,62%).
No caso da megavilã cebola, Kawamura explica que a valorização foi devido ao baixo volume de chuvas, pois a safra do Sul já está em fase de término. “As chuvas no Nordeste também prejudicaram a qualidade da cebola, reduzindo, assim, a oferta no mercado nacional”, disse o professor.
A alface e o repolho foram os subitens que tiveram maior aumento de preços no grupo das hortaliças – 5,9% e 11,1%, respectivamente –, também em função das chuvas no início do mês nas regiões produtoras, o que impactou no ciclo de desenvolvimento da alface. Já o preço da cenoura teve redução de 5,7%, graças ao aumento da oferta dos produtores do Paraná e do Cerrado Mineiro.
Em contrapartida, o consumidor pagou mais barato pelos pescados (-12,10%), panificados (-10,95%), aves e ovos (-7,40%) e enlatados e conservas (-2,70%).
Acesse o relatório completo: http://cepecon.com/IPCfoz/boletimv2n4ABR.pdf