Tanto no Brasil como no Paraguai, não há concorrência de fato no mercado de combustíveis. Sem concorrência, ou o governo segura os preços artificialmente ou libera e… da no que dá.
Pois deu no que deu também no Paraguai. O governo decidiu deixar os preços por conta do mercado – onde não há concorrência, lembremos – e, agora, a grita é geral.
Para alguns empresários, é uma decisão “descabelada”, como disse o gerente de Barcos e Rodados, Luis Ortega, ao ABC Color. Ainda mais que isso ocorre a dois meses da posse do novo presidente.
A crítica é maior justamente pela “competição desleal”, já que um decreto assinado há cinco anos obriga todos os postos a comprarem combustíveis da Petropar, que agora aumenta seus preços como achar melhor.
Enquanto isso, os empresários de transporte público de Alto Paraná querem subir o preço das passagens, depois da alta de combustíveis, como noticia o Vanguardia.
Os supermercados ainda não sabem qual será o efeito da alta de preços do diesel e da gasolina no custo dos produtos, mas já registram uma queda entre 5% e 6% nas vendas, na comparação com o ano passado.
O problema é provocado não só pelos combustíveis, mas também pelo aumento do contrabando de produtos do Brasil e da Argentina, principalmente hortifrutigranjeiros, que custam menos do que os produzidos localmente.