Enquanto em Foz o Conselho da Cidade (Concidade) marca reunião para discutir a instalação das free shops, no outro lado da fronteira o Centro de Importadores do Paraguai calcula que as lojas francas de fronteira no Brasil poderão afetar 300 mil trabalhadores paraguaios.
O diretor do Centro de Importadores, Iván Dumot, disse ao jornal Vanguardia que a queda nas vendas no lado paraguaio poderá chegar a 40%, quando as free shops começarem a funcionar no lado brasileiro.
Por isso, ele apelou ao novo presidente (que assume em agosto), Mario Abdo Benítez, que se manifeste sobre este assunto.
Dumot comentou que há algum tempo vem sendo discutida com o atual governo a elaboração de um plano de ação, realizando análises comparativas para estabelecer em quais categorias o Paraguai tem mais ou menos competitividade e, assim, alterar a cobrança de impostos.
A ideia é que o Parguai pode reagir e lutar contra este modelo brasileiro para continuar a ter preços competitivos.
Concidade
Em Foz, o Conselho da Cidade marcou reunião extraordinária para a próxima sexta-feira, 6, para discutir a instalação das free shops.
É a penúltima etapa do processo que vai nortear o prefeito Chico Brasileiro a autorizar o novo regime tributário, segundo o jornal Gazeta Diário.
A última etapa será a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codefoz), que em plenária definirá como as free shops vão funcionar na cidade, se em locais específicos ou em qualquer ponto. A princípio, prevalece esta última hipótese.