Loteamentos populares aprovados pela prefeitura podem cercar Foz de favelas

Foto: ilustração

A Prefeitura de Foz do Iguaçu está levando a população de baixa renda para a periferia da cidade, através de loteamentos populares, que estão ocupando as chamadas Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis).

Sob a batuta do atual secretário de Planejamento do município, Elsídio Cavalcante, a prefeitura vem aumentando a aprovação desses loteamentos – ou adensamentos habitacionais? -cujos terrenos têm cerca de 180 metros quadrados e ruas mais estreitas, mas que seguem as especificações da prefeitura.

Os lotes que estão à venda não são tão acessíveis assim, custam cerca de R$ 60 mil. Mas o problema maior é saber como uma prefeitura, quebrada, vai instalar escolas, creches e postos de saúde nesses loteamentos que chegam a ter mais de mil lotes.

Pior do que isso: quem vai cuidar da segurança e com que dinheiro? Quem vai vigiar as áreas chamadas reservas técnicas desses loteamentos, para que elas não sejam invadidas? Outra dúvida: quais vias suportarão os veículos que virão em consequência desses adensamentos?

Se as respostas a essas perguntas não forem solucionadas, com certeza, é grande a tendência da favelização dessas áreas a longo prazo. Nada contra a abertura desses loteamentos, pelo contrário, mas o problema é saber se isso foi permitido com a infra-estrutura e recursos financeiros adequados para comportá-los.

Só pra lembrar: os noticiários das televisões locais mostram, quase todos os dias, o sofrimento da população nos diversos bairros da cidade por falta de serviço público adequado.

Só como exemplo do que virá por aí: o trânsito de veículos do bairro de Três Lagoas deverá se tornar inviável devido ao grande loteamento que foi aberto na região. A principal avenida do bairro – se é que se pode chamar de avenida – a João Riciere Maran não deverá suportar essa demanda, que será aumentada ainda mais, quando a Prainha de Três Lagoas for revitalizada.

Fica o aviso – ou previsão?

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