Uma comitiva de deputados brasileiros, encabeçada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi ao Paraguai e teve uma longa conversa com o presidente Horacio Cartes.
Entre os temas, a construção de duas pontes entre o Brasil e o Paraguai. Uma em Porto Mortinho, no Mato Grosso do Sul, ligando a Carmelo Peralta, departamento de Alto Paraguay; a outra entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco.
Adivinhe qual é hoje a prioritária para o Paraguai? Claro, a que liga o país ao Mato Grosso do Sul.
É que aquela ponte permitirá formar parte do corredor bioceânico, ligando Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. O Paraguai já fez até a licitação do trecho de asfalto que ligará Carmelo Peralta a Mariscal Estigarribia, no Chaco paraguaio.
Futuramente, a estrada prosseguirá até Pozo-Hondo – Misión de la Paz, no lado argentino e, via rotas argentinas, permitirá que mercadorias sejam levadas (ou venham de lá) aos portos de Antofagasta e Iquique, no Chile.
Para o Paraguai, nem é preciso comentar a importância da ligação com portos no Pacífico, que permitirá reduzir o custo do frete para exportações agropecuárias ao continente asiático. A viagem de navio fica mais curta e não é preciso pagar para utilizar o Canal do Panamá.
É também uma boa opção para a soja brasileira – e outros produtos – chegar aos mercados asiáticos.
Quanto à segunda ponte entre Foz e o Paraguai, um dia sai. Mas talvez demore bem mais do que a que permitirá a conexão com portos chilenos.