Maquiladoras do Paraguai são incentivadas a buscar novos mercados, porque o Brasil…

Dirigentes da Adiri visitam empresas para falar sobre novos mercados. Foto: Vanguardia

A Agência de Desenvolvimento e Integração da Região de Itaipu (Adiri), no Paraguai, fará uma campanha para promover os diversos tratados comerciais mantidos pelo país.

A ideia é incentivar as indústrias regionais a buscar novos mercados estrangeiros, para não depender unicamente do Brasil, que vive uma recessão braba.

A crise no brasil afeta diretamente as indústrias de Alto Paraná (departamento onde ficam Ciudad del Este e Hernandarias, que concentram o maior número de maquiladoras), já que a maioria tem o Brasil como principal mercado para exportação de seus produtos.

Com queda de 60% nas vendas, várias fábricas já paralisaram atividades na zona industrial de Hernandarias.

“Temos tratados internacionais comerciais com vários países, mas por desconhecimento os empresários se concentram no Brasil. Agora é o momento de ver as demais alternativas, por isso vamos começar a promover esses convênios para abrir novos mercados”, explicou Rubén Sanabria, coordenador da Adiri.

Ele comentou ainda que o escritório da agência recebe diariamente vários investidores interessados em instalar suas empresas na zona industrial de Hernandarias, mas os projetos não avançam devido aos problemas da economia brasileira, que geram insegurança.

Bom exemplo

A empresa Bio X, que fabrica leveduras, é um bom exemplo de que se abrir a novos mercados é a melhor forma de sobrevivência. A empresa funciona há cerca de sete anos e conta com 40 empregados, mas tem intenção de ampliar a fábrica e contratar mais mão de obra local.

No início, 85% de sua produção iam para o mercado brasileiro e 15% para o mercado paraguaio. Quando os dirigentes da empresa perceberam que o Brasil estava começando a entrar numa crise, procuraram outros mercados.

“Há quatro anos a Bio X exporta seus produtos ao Uruguai e isso é muito positivo, porque não dependem unicamente do Brasil”, disse Sanabria.

Fonte: Diário Vanguardia

Sair da versão mobile