O clã Barakat, suspeito de lavar dinheiro para o tráfico de drogas e de financiar movimentos terroristas, agora envolve a Polícia Nacional do Paraguai num caso suspeito: Assad Ahmad Barakat, que teve suspensa sua nacionalidade em 2003, conseguiu um passaporte com naturalidade paraguaia.
O próprio presidente Mario Abdo Benítez mandou apurar o caso, segundo anunciou o ministro do Interior, Juan Ernesto Villamayor, e a procuradora geral Sandra Quiñónez.
Libanês, Assad Barakat conseguiu se naturalizar paraguaio em 1989. Mas, em 2003, depois de ser preso por evasão de divisas, perdeu a cidadania paraguaia. No entanto, em 10 de abril deste ano, obteve passaporte paraguaio.
O libanês havia sido extraditado do Brasil para o Paraguai em 2002, por decisão do Supremo Tribunal Federal.
Barakat cumpriu pena de seis anos no Paraguai e é investigado em outros países por lavagem de dinheiro e vóinculo com organizações terroristas.
Na região de fronteira, onde vivem os Barakats – a maior parte no lado brasileiro -, o clã é acusado de lavar dinheiro em cassinos de Puerto Iguazú e também de operações irregulares com o grupo Hezbolá.
Contra os Barakat, pesam acusações de associação criminosa, apologia à violência, contrabando, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, entre outros ilícitos.
O ministro disse que o presidente paraguaio quer que sejam investigadas as razões pelas quais a Polícia Nacional entregou passaporte a uma pessoa que não tem nacionalidade paraguaia e se, eventualmente, existem outras irregularidades e delitos conexos.